terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Brinquedo estimula alfabetização de crianças com deficiência visual

Foto por Lucas Sabino / Especial / A Tribuna (Foto: Lucas Sabino / Especial / A Tribuna)Clique para Ampliar
Gabriel Bosa
Aalfabetização é crucial para a inclusão na sociedade. Se para uma criança sem deficiências o letramento pode implicar um período de difícil adaptação,

àquelas que possuem algum tipo de limitação é uma fase ainda mais desafiadora.

As barreiras se tornam maiores diante da falta de materiais adequado para o ensino e orientação. Ciente desta problemática, a então acadêmica de Design

Gráfico da Faculdade Satc, Flávia Aparecida Nesi, desenvolveu um brinquedo para auxiliar a alfabetização e letramento de crianças com deficiência visual.


O quadro é baseado no tradicional conto “Os Três Porquinhos”. O brinquedo é formado por um tabuleiro e seis peças móveis – cada uma em formato e texturas

distintas, como feltro, palha de milho e madeira MDF. Quando a peça é encaixada, parte da história é narrada para a criança.
“Foi feita pesquisa com uma professora de braile e com mais pessoas que vivem esse dia a dia e sabem das dificuldades”, destaca.

O projeto foi idealizado como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob orientação da professora Cristiane Gonçalves Dagostim. O trabalho começou a ser

desenvolvido no início do último ano e apresentado – e aprovado – em dezembro passado.

Praticidade comprovada

A praticidade do brinquedo foi testada com duas crianças da Escola Básica São Cristóvão, referência na educação de crianças com deficiência visual em Criciúma.

“Foi bem emocionante. As crianças gostaram bastante, as professoras também aprovaram. É um sentimento de muita satisfação”, ressalta a profissional.

A idealização de uma plataforma pedagógica para crianças cegas teve inspiração em uma história pessoal. Uma tia, Elisa Nesi, era deficiente visual, e Flávia,

desde criança, acompanhava as dificuldades enfrentadas para a adaptação ao cotidiano. “Eu convivi muito com ela e sempre tive essa sensação que tudo era

mais difícil para eles”, afirma. “Eu queria fazer m TCC com um objetivo maior, que não fosse apenas um trabalho, mas que pudesse ajudar alguém com aquilo”,

complementa a mulher.

Além das orientações da professora, Flávia também teve apoio do curso de Jornalismo para a gravação e edição da história, e também da Engenharia da Computação

para a criação do circuito eletrônico.

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