segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Prefeitura de Curitiba quer limitar número de passagens de ônibus para pessoas com deficiência física

Medida que também deve valer para pessoas aposentadas por invalidez teria sido sugerida pelo Tribunal de Contas.
Por RPC Curitiba
Um decreto da Prefeitura de Curitiba pretende limitar o número de passagens de ônibus disponíveis para pessoas portadoras de deficiência física e para

aposentados por invalidez. Atualmente, elas podem usar os ônibus de forma ilimitada, desde que tenham o cartão da Urbs, que libera a passagem nas catracas.


Segundo a prefeitura, a medida tem como objetivo reduzir os gastos com essas pessoas, que representariam 14,33% da tarifa cobrada atualmente na cidade,

no valor de R$ 4,25.

Conforme o decreto, pessoas portadoras de deficiência terão direito a 100 viagens gratuitas por mês. O número dobra, caso elas necessitem de um acompanhante.

Já para os aposentados, a ideia é conceder apenas 25 passagens mensais.

Para o gestor de fiscalização da Urbs, Amilton Daemme, o benefício deveria ser usado para situações específicas. "Esse benefício é para a pessoa buscar

um tratamento, para fazer os seus deslocamentos para fazer um tratamento, fazer um acompanhamento médico, enfim. E como esse grupo multidisciplinar, que

são pessoas técnicas da saúde, da educação da FAS [Fundação de Ação Social] nos recomendaram que esse número é mais que suficiente para fazer esses tratamentos",

diz

Combate a fraudes

A prefeitura informou que a medida tem como objetivo reduzir as fraudes no sistema. A Urbs, autarquia que cuida do transporte, recebeu informações de que

algumas pessoas estavam vendendo os cartões de gratuidade.

Além disso, a medida atenderia a uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), que teria sugerido a exclusão de gratuidades no sistema

de Curitiba que não constem em legislação federal.

Punição aos deficientes

Para o Diretor da Associação dos Deficientes do Paraná, Mauro Nardini, a medida da prefeitura vai acabar gerando uma punição a todas as pessoas que eram

beneficiadas com as passagens. Ele considera a medida injusta e quer que ela seja revista.

"Eu acho que a Urbs é que tem que buscar coibir essa questão da fraude nos cartões. E com relação a oneração da passagem, não somos nós que vamos jogar

lá em cima a passagem, pela quantidade ou pelo número de isenções que o idoso, a pessoa com deficiência ou aquela pessoa aposentada por invalidez [tem

direito]", diz.

De acordo com a Urbs, atualmente, há 12 mil pessoas com deficiência com direito à isenção e outras 5 mil aposentadas por invalidez que usufruem do benefício.


 fonteG1 Paraná.

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