segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Participantes do ‘Dia D’ são contratados pela Prefeitura de São Paulo

Em menos de 20 dias, Aline de Cássia e Wagner dos Santos começaram a trabalhar em órgão da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo. A contratação

é pioneira
A 4ª edição do ‘Dia D’ de Inclusão Social e Profissional das Pessoas com Deficiência e dos Beneficiários Reabilitados do INSS, ocorrida em 29 de setembro,

gerou resultados em menos de 20 dias: dois participantes do evento, Aline de Cássia e Wagner dos Santos, são os novos funcionários do Centro de Apoio ao

Trabalho e Empreendedorismo (CATe) do centro da capital. Cerca de 50 empresas integraram a ação, mas o órgão foi o primeiro a dar uma oportunidade de trabalho

aos candidatos.

Aline de Cássia Escapucini, de 35 anos, é formada em Gestão de Recursos Humanos há cinco anos, mas fazia oito meses que estava desempregada. Na busca pela

recolocação no mercado de trabalho, a profissional, que é cadeirante devido à mielomeningocele, também já tinha participado da 1ª edição do ContrataSP,

outra ação da Prefeitura dedicada à empregabilidade de pessoas com deficiência realizada em julho.

A candidata estava confiante em relação ao Dia D, mas não imaginava que conseguiria uma oportunidade logo no CATe. “Pensei que a forma de contratação era

outra. Um dos colaboradores notou a maneira como eu estava falando com todo mundo sobre meu currículo, e a supervisão se interessou”, conta Escapucini.


Ela foi chamada para uma entrevista, e, depois de passar dias de ansiedade à espera de um retorno – recebeu uma resposta positiva. “Entre duas possibilidades,

escolhi o CATe, por ser uma oportunidade de trabalhar na minha área,”, afirma. A funcionária começou a trabalhar no dia 17 de outubro. Após o período de

experiência, exercerá atividades no setor administrativo, captando novas vagas e interligando as empresas aos trabalhadores.

Um dia antes de Aline, Wagner dos Santos chegou ao CATe, onde é um dos responsáveis pelo atendimento aos munícipes. Estreante no ‘Dia D’, ele estava descrente

em relação às possibilidades de emprego oferecidas pelo evento. “Fazia um ano que eu estava desempregado, então estava dando tiro no escuro. Eu fui porque

a gente tem que correr atrás”, afirma.

Ele diz que ficou confiante ao ser chamado para a entrevista.“Eu estava muito desesperado mesmo, ainda mais porque sou um pai de família”, conta. O novo

funcionário do CATe é paraplégico e acumula uma experiência de nove anos em atendimento ao público; mesmo assim enfrentou barreiras para reconquistar um

emprego, por isso estava desacreditado. “Já fui em muitas empresas que falavam que a experiência seria um diferencial, mas eu não era chamado para nada.


Simplesmente eu ia na entrevista e não recebia retorno. Então, estava sentindo um pouco de preconceito, sim”, afirma. Na opinião dele, muitos lugares só

tinham a intenção de preencher a Lei de Cotas (8.213/91), mas para isso procuravam um perfil específico. “Eles queriam mais uma pessoa que não aparentava

ter deficiência”, declara.

Felizes com a conquista do tão almejado emprego, Santos e Escapucini planejam agora investir nos estudos. Ela já sabe o caminho que quer seguir : “Quero

fazer faculdade ou uma pós em psicologia social ou organizacional”, conta.
Por Brenda Cunha
E-mail:
brendacunha@prefeitura.sp.gov.br
 fonte s m p e d

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