quinta-feira, 13 de abril de 2017

Arte e música ajudam no tratamento de pessoas com Parkinson

Corpo ou partes dele tremendo involuntariamente, encurvamento da postura, rigidez e travamento que impedem o movimento por completo ou parcial são alguns dos principais sinais que caracterizam o Mal de Parkinson. A depressão, o isolamento, a perda da fala e de memória também estão associados à doença. Apesar de ainda não haver cura e uma causa identificada, o Parkinson tem tratamento. E quanto mais cedo for diagnosticado, mais rápido os sinais podem ser combatidos ou amenizados. O médico neurologista Kelson James explica que quanto maior a faixa etária, maior é a incidência da doença. Na maioria dos casos, surge a partir dos 50-60 anos, aumentando a prevalência nos 70-75 anos. “Trata-se de uma doença neurológica, crônica e progressiva, provocada pela morte de células do cérebro, atingindo o sistema nervoso central e comprometendo os movimentos”, diz Kelson. No final de 2012, Antônio Emídio começou a sentir uma paralisação na mão direita e fraquezas no corpo. No ano seguinte, o aposentado foi diagnosticado com Parkinson. Agora, aos 55 anos, ele encontrou na arte uma parceria para amenizar alguns sintomas da doença. “Com a pintura e com o desenho eu tenho desenvolvido mais meus movimentos e já tendo algumas melhorias”, comenta Antônio. Antônio Emídio na arterapia( Foto: Divulgação Ceir) Ele frequenta a arteterapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), terapia que faz parte do tratamento realizado pela instituição a pessoas com deficiência no Piauí. Foi lá, onde a Beatriz Almeida, de 69 anos, aprendeu a fazer crochê para também amenizar os sinais do Parkinson. “Primeiro eu sofri um derrame cerebral. Fiquei sem conseguir caminhar e falar por um tempo. Depois aprendi a fazer tudo de novo, voltei a caminhar e a falar. Recentemente comecei a sentir uns tremores e descobri que sofro com a doença de Parkinson. Mas a arte tem me ajudado muito, aqui eu me divirto, me distraio e sou feliz”, relata Beatriz, emocionada. Segundo a arteterapeuta Manu Sato, a arte como terapia trabalha a coordenação motora do paciente, a concentração, atenção e autoestima. “É uma atividade que fazemos em grupo, onde os pacientes têm contato com outras pessoas, histórias e experiências. Nós compartilhamos, dividimos e sorrimos juntos”, diz a profissional. Alceste Oliveira na musicoterapia( Foto: Divulgação Ceir) Música e dança no mesmo ritmo Flauta, zabumba, triângulo, teclado, pandeiro. São muitos os instrumentos e cada um compõe a magia que é estar na musicoterapia, um ambiente que utiliza os sons, ritmos e até a dança para a melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. “Com a música nós trabalhamos a memória, ouvindo canções que fazem parte da vida dos pacientes, o movimento, a voz, a expressão facial e corporal. Além disso, ela é responsável pela liberação da dopamina, hormônio que está ligado à felicidade”, destaca a musicoterapeuta Nydia Monteiro. Apesar de ter tido um comprometimento da voz e necessitar do uso de um microfone amplificador para falar, Maria da Cruz, de 64 anos, enfrenta essa e outras consequências do Parkinson com a ajuda da música. Enquanto ela canta, a Alceste Oliveira, de 56, toca os instrumentos. As duas fazem parte de um grupo chamado ParkinSong, que está iniciando agora no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir), reunindo pessoas que sofrem com a doença de Parkinson para trabalharem, juntas, por meio da música. “Além da musicoterapia, eu também faço a arteterapia, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia”, comenta Alceste Oliveira. Fonte: site do Governo do Estado do Piauí.

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