domingo, 20 de novembro de 2016

Desmembrando a cadeia produtiva do turismo acessível

Ricardo Shimosakai esquiando na neve em Bariloche, Argentina. Equipamentos adequados e profissionais capacitados. Ricardo Shimosakai esquiando na neve em Bariloche, Argentina. Equipamentos adequados e profissionais capacitados. O turismo, assim como diversas outras atividades é uma proposta de negócio que visa atender as necessidades de uma demanda. Novamente, seguindo o fluxo normal da evolução de uma categoria de negócio, algumas segmentações começam a surgir, buscando atender de forma mais completa, as necessidades e interesses específicos de um grupo de pessoas, o que seria difícil quando se tem uma proposta abrangente. O ecoturismo, turismo religioso, turismo de compras, são apenas alguns exemplos da diversificada segmentação que foi surgindo ao longo do tempo. E novos segmentos acabam surgindo de acordo com a evolução da sociedade, provocada pela mudança de conceitos, evolução da infraestrutura e da procura dos interessados. O turismo acessível, turismo GLS e turismo de idosos são alguns exemplos deste fenômeno. Inicialmente, antes de ser realmente reconhecido como um segmento as pessoas como necessidades específicas eram atendidas por empresas que realizam um atendimento especializado, conhecidos como turismo sob medida. Tão importante quanto a acessibilidade em si, é a informação. Em alguns casos, ela se tona mais importante, pela antecipação, pois antes de decidirmos por uma viagem, primeiramente buscamos informações, e se esta estiver errada ou não possuir clareza, poderá causar problemas. Um exemplo frequentemente citado por turistas com deficiência, são problemas encontrados nos meios de hospedagem, que apesar de informarem possuir acessibilidade, não atendem às suas necessidades. Isto ocorre devido ao hotel considerar o local acessível, mesmo que esta seja somente parcialmente acessível. Outro problema que ocorre, geralmente quando há uma demanda grande de pessoas com deficiência, procurando o mesmo local para se hospedar, é que mesmo possuindo quartos realmente acessíveis, por descuido no controle das reservas, o número de hóspedes com deficiência pode acabar sendo maior do que o número de quartos, e consequentemente gerar um problema coletivo. Invertendo as posições, podemos identificar que as falhas na clareza das informações, também podem partir do próprio turista com deficiência. Quando se possui uma necessidade específica, é importante e necessário que esta seja informada com clareza, para que não ocorram confusões. Por exemplo, alguns turistas usuários de cadeira de rodas, tem a necessidade de utilizar uma cadeira de banho, porém não informam isso ao hotel, ou à agência de viagem procurada para executar a reserva. Uma vez não informado, fica difícil pressupor que o hóspede necessita do citado equipamento, a não ser que o encarregado pela reserva tenha experiência suficiente para questionar todas as necessidades do solicitante, o que não seria exatamente sua responsabilidade. Uma situação ética seria o turista informar todas as suas necessidades, para que o atendente informe se estas poderão ser realmente atendidas. Frauenkirche em Munique, Alemanha. Entrada principal com escadas possui sinalização indicando o local de acesso sem barreiras Frauenkirche em Munique, Alemanha. Entrada principal com escadas possui sinalização indicando o local de acesso sem barreiras Dependendo da situação, considerar um turismo para todos pode ser um tanto complexo, porém não impossível, se este for bem planejado. Afinal, para incluir todas as pessoas e suas inúmeras necessidades, é necessário ter uma infraestrutura muito grande. Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem no mundo mais de um bilhão de pessoas com algum tipo de deficiência. A mesma organização contabiliza mais de 900 milhões de idosos (pessoas com mais de 60 anos). Pessoas com doença renal crônica, que necessitam realizar procedimentos de hemodiálise, representam 10% da população mundial, estimada em mais de 7 bilhões de pessoas. Mais de 640 milhões de pessoas no mundo são consideradas obesas (índice de massa corporal acima de 30). Há estudos que apontam que 70% da população mundial tem algum grau de intolerância à lactose, e ainda existem locais onde prevalecem crenças, costumes e motivos religiosos como a Índia, que possui uma população de 1,21 bilhões de pessoas que não consomem produtos derivados da vaca. Estes números são para ilustrar, mesmo com poucos exemplos, o quão grande é a diversidade em nosso planeta, diferenças das quais se originam por motivos distintos e que necessitam de tratamentos específicos. O transporte também é um item importante na complexa estrutura do turismo. Muitos dizem que não adianta ter uma oferta de um atrativo acessível, como um museu ou parque, se não há transporte adequado para chegar até o local. Dependendo do destino, são diferentes os meios de locomoção que podemos utilizar, porém os mais comuns são aviões, ônibus, carros, trens e metrôs. Para exemplificar conceitualmente alguns aspectos da acessibilidade, vamos citar o meio de transporte ferroviário. A Europa possui uma enorme malha ferroviária, oferecendo condições de deslocamento a milhares de destinos. Igualmente numeroso, é a quantidade de modelos de trens, vagões e estações. Existem trens com acessibilidade total, onde é possível ingressar sem nenhum auxílio, com deslocamento interno livre, espaço para cadeira de rodas, banheiros acessíveis além de meios de comunicação e serviços específicos para pessoas com deficiência visual, auditiva e outros tipos de necessidade. Porém, a grande maioria tem acessibilidade parcial, e necessitam de auxílio de uma equipe de apoio e equipamentos de acesso. Geralmente estes são oferecidos pela empresa de transporte, ou pela estação, mediante prévia solicitação. Mas há também exemplos totalmente inacessíveis, como por exemplo, vagões dormitório, onde num pequeno espaço não disponibilizados quatro camas, duas em baixo e duas em cima, como um beliche, e com corredores tão estreitos que é impossível transitar com uma cadeira de rodas. Tive uma experiência dessas, e fui carregado desde a plataforma de embarque até a cama, e sem poder me locomover nem para ir até o banheiro numa longa viagem. Outros contrastes podem ser encontrados também, quando se embarca de uma metrópole, com grande fluxo e serviço adequado, onde você é embarcado com o auxílio de uma plataforma móvel, mas que ao chegar ao destino final, numa cidade mais pacata, sem muita infraestrutura, você é obrigado a ser desembarcado carregado nos braços dos funcionários, pois o equipamento citado anteriormente é propriedade da estação, e não do trem. O Metrô da cidade de São Paulo é um exemplo de acessibilidade. Todas as estações possuem acessibilidade, seja através de elevadores ou plataformas. Para pessoas com habilidade, a escada rolante também é liberada. Os funcionários são treinados para dar auxílio, seja conduzindo uma pessoa em cadeira de rodas, ou guiando um cego até o vagão. Caso necessário, também é feita uma comunicação para dar auxílio no desembarque. Vagões possuem assento preferencial e espaço para cadeira de rodas, e um sistema de informação, avisa através de som o nome da estação e o lado de desembarque, além de um mapa da linha, com uma sinalização luminosa indicando em qual estação se encontra, e a próxima estação. Banheiros acessíveis completam essa infraestrutura, que facilita imensamente a vida de quem mora e passeia pela cidade. O Metrô de São Paulo é uma das únicas opções possíveis para deslocamento em grupo com acessibilidade O Metrô de São Paulo é uma das únicas opções possíveis para deslocamento em grupo com acessibilidade Os meios de hospedagem, geralmente oferecem poucos quartos acessíveis para pessoas com deficiência. No caso, a maior necessidade é de pessoas com deficiência física, que necessitam de espaço para se locomover, além de acessos como rampas e elevadores, e para isso é necessário uma adequação arquitetônica. Pessoas com outros tipos de deficiência ou necessidade específica, também precisam de acessibilidade, mas geralmente esta não necessariamente faz parte do quarto, como por exemplo, uma campainha luminosa para surdos, ou um cardápio em Braile para pessoas com deficiência visual, que são equipamentos que podem ser alocados em qualquer tipo de quarto. E a pouca oferta de quartos, acaba dificultando ou até mesmo limitando, a formação de grupos de turistas, pois se o hotel dispuser de uma quantidade de quartos acessíveis menor do que o grupo necessita, é possível que a escolha seja inviável, ou algumas situações constrangedoras sejam necessárias, como por exemplo, a necessidade de compartilhar o banheiro acessível. Na maioria das vezes, o hóspede com deficiência, tem sua oportunidade de escolha limitada, devido à forma como a acessibilidade é implantada nos hotéis. Grande parte dos hotéis possuem diferentes categorias de quartos, e cada um com um nível de conforto e valores diferentes. Os quartos acessíveis, dificilmente acompanham esta divisão, e da forma como são apresentados, é como se ele fosse mais uma categoria. Porém, nessa situação, o hóspede com deficiência não tem a oportunidade de escolher um quarto de acordo com o preço, afinal os quartos acessíveis quase sempre são idênticos, com a mesma configuração e com os mesmos valores. Optar por um quarto standard, mais simples e barato, ou por uma suíte presidencial, mais cara e confortável, não é possível, pois estas opções não possuem acessibilidade, e a única opção, praticamente imposta ao cliente, é o quarto acessível. O Hotel Fazenda Parque dos Sonhos, um complexo turístico localizado na cidade de Socorro, no Brasil, é um exemplo de um local bem estruturado para proporcionar o máximo de acessibilidade, dentro do possível. Praticamente todos os quartos possuem algum tipo de acessibilidade, alguns possuindo uma espécie de canil para cegos acompanhados de cão-guia, placas em Braile e mapas táteis. O local também oferece inúmeras atividades de aventura adaptadas, como por exemplo, rafting, tirolesa, cavalgada, rapel, entre outros. Para atividades como a cavalgada, foi desenvolvido uma sela especial com encosto, para ar mais estabilidade e conforto, e para o rafting, um assento especial dentro do bote, para dar estabilidade para pessoas com pouca mobilidade, além de um colete salva-vidas, projetado para que a pessoa, caso caia na água, fique automaticamente virada com o rosto para cima, evitando um afogamento. O restaurante serve comidas típicas regionais, com bancadas rebaixadas para servir os alimentos. No Hotel Fazenda Parque dos Sonhos em Socorro, alguns chalés são conjugados com um canil, permitindo a passagem do animal. No Hotel Fazenda Parque dos Sonhos em Socorro, alguns chalés são conjugados com um canil, permitindo a passagem do animal. A visitação aos atrativos turísticos merece uma atenção especial, pois é a parte mais interessante de toda a viagem. E nessa parte, existem inúmeras propostas de passeios e locais de visitação, incluído museus, monumentos, atrativos naturais, parques, teatros, entre outras centenas de propostas. O mais importante de tudo, é ter a percepção de que o local possa atender a todos. Bonito, uma cidade localizada no centro-oeste do Brasil é um destino de ecoturismo, onde vários atrativos naturais fazem parte da visitação. A natureza apresenta diversos obstáculos e dificuldades, pois não é viável, por exemplo, colocar um elevador para visitar a cachoeira, ou asfaltar um caminho por dentro da mata, pois isso acabaria prejudicando toda a beleza natural existente, descaracterizando a proposta principal do atrativo, e, além disso, por ser uma área de preservação natural, tombada pelo governo, também qualquer intervenção fica restrita a diversas e rigorosas avaliações. Mesmo assim, o destino tem proporcionado muita satisfação, após um trabalho realizado pela empresa Turismo Adaptado, que capacitou os guias de turismo, para dar auxílio para a locomoção e prática das atividades. Assim, pode-se considerar que a acessibilidade é proporcionada pelos guias, e não exatamente pela estrutura física do local. Outro exemplo é a Pinacoteca de São Paulo, um museu de arte preparado para receber pessoas com diferentes necessidades, onde foi elaborado o Programa Educativo para Públicos Especiais (PEPE). Para atender pessoas com deficiência física, rampas e elevadores dão acesso, além de banheiros adaptados e obras de arte expostas com uma altura adequada, proporcionando uma visualização confortável. Pessoas com deficiência auditiva, também são atendidos por funcionários com conhecimento em Libras (Língua Brasileira de Sinais), para passar toda a explicação necessária. Para pessoas com deficiência visual, o museu possui uma galeria tátil, onde esculturas podem ser tateadas, acompanhadas de um audioguia com audiodescrições das obras. Para compreender algumas obras importantes do acervo permanente, o PEPE oferece maquetes táteis, reprodução em relevo 2D e 3D para alguns quadros. Assim, um quadro onde, por exemplo, aparece a figura de barcos à beira da praia, é possível tatear maquetes dos barcos, sobre superfícies representando a água do mar e a areia da praia. A Pinacoteca do Estado de São Paulo compreende que a apreciação de um quadro por pessoas cegas, vai muito além de uma etiqueta em Braile do título. A Pinacoteca do Estado de São Paulo compreende que a apreciação de um quadro por pessoas cegas, vai muito além de uma etiqueta em Braile do título. Locais de alimentação, também são importantes no roteiro de uma viagem. Muitos restaurantes oferecem suas comidas em buffets, que são mesas ou bancadas, onde bandejas e pratos com os alimentos ficam à disposição para que a pessoa pegue à vontade. Muitos desses móveis são altos, dificultando o alcance de uma pessoa em cadeira de rodas ou de baixa estatura. Às vezes, a falta de um espaço para aproximação, também dificulta bastante. Mas também não são somente os móveis que criam essa dificuldade, pois muitas vezes equipamentos como réchaud, que são bandejas de metal, onde geralmente são colocados pratos quentes, junto com um sistema para mantê-lo aquecido, tem uma altura elevada, potencializando a falta de acesso, pois além de dificultar o autosserviço para pegar os alimentos, em muitos casos nem é possível enxergar que tipo de alimento está disponível. Para pessoas com deficiência visual, quando o pedido é feito na mesa e anotado pelo garçom, é preciso oferecer um cardápio em Braile, mas quando as comidas estão em sistema de buffet, é melhor que algum funcionário preste um auxílio, pois para uma pessoa com dificuldade acentuada na visão, tentar pegar os alimentos além de complicado pode ser bastante perigoso. O Signs Restaurant de Toronto (Canadá) vem ganhando os holofotes da imprensa internacional. Sua popularidade, no entanto, não se dá por pratos sofisticados, chefs de prestígio ou ambientes requintados: dá-se, sobretudo, pela forma pouco comum como são atendidos os clientes – em língua de sinais. Com garçons surdos, o cliente é estimulado a usar a língua de sinais, descrita ao lado dos pratos no cardápio. Pelo salão, a língua gestual estampa quadros, placas, cardápios e cartilhas, além de ser forma corrente de comunicação entre garçons, maitres e chefs, sempre a postos para ensinarem novos sinais. Signs Restaurant em Toronto, Canadá. A comunicação total em língua de sinais fez de uma barreira, o principal atrativo do estabelecimento. Signs Restaurant em Toronto, Canadá. A comunicação total em língua de sinais fez de uma barreira, o principal atrativo do estabelecimento. Existem alguns fatores que não são exclusividade do turismo, porém afetam diretamente nas questões da acessibilidade para se ter uma viagem segura e confortável. Esses fatores fazem parte da infraestrutura geral de um destino, e são de grande importância também para os moradores do local. Por exemplo, calçadas niveladas e rebaixamento de guias. Muitas vezes, usuários de cadeira de rodas, acabam caindo em ciladas, pois precisam atravessar a rua, porém não encontrar um rebaixamento de guia seguro para descer da calçada. Muitos apelam por andar pela rua, porém isso é um tanto arriscado. Num mesmo ambiente, pessoas com deficiência visual, precisam tomar muito cuidado, pois muitas calçadas são confusas, com vários obstáculos sem sinalização de alerta, como telefones públicos, árvores, postes entre outras armadilhas. E chegando a um cruzamento, ficam reféns do auxílio de terceiros, pois é difícil encontrar semáforos sonoros, para sinalizar o momento certo de atravessar a rua. Em Curitiba, cidade da região sul do Brasil, foi implantada placas em Braile nos postes com as seguintes informações para orientar as pessoas com deficiência visual: nome da rua, numeração da rua naquela quadra e nome do bairro. Atualmente a tecnologia auxilia bastante nas questões da acessibilidade, e mapas com informações em áudio podem fornecer esse tipo de informação, porém este tipo de recurso pode depender de uma conexão com uma rede de internet, um bom aparelho e uma bateria durável. Além disso, é essencial que haja acessibilidade em estabelecimentos que fazem parte do cotidiano de um cidadão, e que possivelmente podem também se fazer necessário ao turista, como por exemplo, farmácias, supermercados, bancos, caixas eletrônicos, correios, entre outros. Concluindo, embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. O número de pessoas com deficiência e de outros gêneros que compõem a diversidade de nosso planeta é crescente, e com isso a oportunidade também se amplia. Exemplos como de Barcelona, na Espanha, impulsionado pela realização dos Jogos Paralímpicos, transformaram a cidade numa referência em acessibilidade. Transforme as palavras lidas até aqui em atitudes, e acompanhe Ricardo Shimosakai e o trabalho da Turismo Adaptado, e venha conosco fazer a diferença, na busca pela igualdade! Referências Bibliográficas Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô. Disponível em: < http://www.metro.sp.gov.br/gt ;. Acesso em: 07 maio 2016. Hotel Fazenda Parque dos Sonhos. Disponível em: < http://www.parquedossonhos.com.brgt ;. Acesso em: 07 maio 2016. Organização Mundial da Saúde. Disponível em: < http://www.who.intgt ;. Acesso em: 07 maio 2016. Pinacoteca do Estado de São Paulo. Disponível em: < http://www.pinacoteca.org.brgt ;. Acesso em: 07 maio 2016. SHIMOSAKAI, Ricardo. Acessibilidade e Inclusão no Turismo. Turismo Adaptado, São Paulo, jan.2010. 1 DVD-R. Currículo Ricardo Shimosakai é CEO da Turismo Adaptado, Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi/ Laureate International Universities, trabalha desde 2004 com acessibilidade e inclusão no lazer e turismo. Membro da SATH (Society for Accessible Travel and Hospitality), ENAT (European Network for Accessible Tourism) e CIDCCA (Consejo Iberoamericano de Diseño, Ciudad y Construcción Accessible). Palestrante internacional e docente em cursos de Pós Graduação e MBA da Escola Roberto Miranda de Educação Corporativa. Criou a primeira operadora de turismo acessível da América Latina, e implantou projetos de acessibilidade em destinos de diferentes regiões. Atualmente participa da elaboração e divulgação do Programa de Acessibilidade Hoteleira, Curso Online de Acessibilidade e Inclusão, além de manter um dos mais completos e atualizados site informativo sobre turismo acessível, suportado também pelas diversas mídias sociais encontradas no mercado, como facebook, twitter, YouTube, Instagram, LinkedIn entre outros. fonte: turismo adaptado

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