terça-feira, 18 de outubro de 2016
Chip no cérebro faz tetraplégico mexer a mão e jogar videogame
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Graças ao implante cerebral, o americano Ian Burkhart consegue movimentar os músculos do pulso e dos dedos para pegar objetos ou jogar ‘Guitar Hero’
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O americano Ian Burkhart, de 24 anos, tetraplégico há seis anos, joga o game ‘Guitar Hero’ (The Ohio State University Wexner Medical Center/Battelle/Reuters)
Seis anos depois de um acidente que o deixou tetraplégico, um americano pode agora utilizar a mão para agitar o seu café, pegar um objeto ou jogar videogame,
graças ao implante de um chip no cérebro, relata um estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature, um avanço que dá esperança a milhões de pessoas
em todo o mundo.
“Esta é a primeira vez que uma pessoa completamente paralisada consegue realizar um movimento usando apenas seus pensamentos”, declarou o cientista Chad
Bouton, do centro de pesquisa sem fins lucrativos Battelle, nos Estados Unidos, um dos autores do estudo.
Implante – Ian Burkhart, um americano de 24 anos, é tetraplégico há seis anos, desde um acidente de natação que danificou sua medula espinhal. Há cerca
de três anos, ele passou a integrar os estudos do centro de pesquisas, em conjunto com a Universidade do Estado de Ohio. A equipe de cientistas criou um
sistema chamado NeuroLife, que é capaz de restaurar a comunicação entre o cérebro e os músculos sem passar pela medula espinhal lesionada. Ele consiste
em um implante no cérebro, que lê os sinais elétricos emitidos pela atividade neuronal e os envia a um computador, que decodifica os impulsos e manda as
informações a eletrodos colocado sobre os músculos. Com pequenos estímulos, esses eletrodos tornam o movimento possível.
Em abril de 2014, Burkhart recebeu o implante do chip, que é menor que uma ervilha. Ele foi colocado no córtex motor do cérebro, área responsável pelo
movimento da mão direita.
“Nós procuramos decifrar os sinais no cérebro que são especificamente associados aos movimentos da mão”, explicou Bouton. “As áreas cerebrais responsáveis
pelo movimento estão intactas, mas os sinais chegam a uma medula espinhal lesada, sendo completamente bloqueados e impedidos de alcançar os músculos”.
Dois meses após o implante do chip, Ian Burkhart já era capaz de abrir e fechar a mão apenas pensando neste movimento, mesmo com os músculos enfraquecidos
por não terem sido usados por um longo período.
Após 15 meses de reabilitação, com três sessões semanais, o paciente conseguiu pegar uma garrafa e despejar o seu conteúdo em um frasco. Também segurou
um telefone ao ouvido, pegou uma colher e mexeu o café. Ele agora é capaz de tocar a guitarra do videogame Guitar Hero, uma das atividades que faziam parte
dos testes descritos no estudo da Nature.
“Quando sofri a lesão, os médicos haviam dito para mim que a melhor coisa que eu poderia fazer seria mover meus ombros e nada mais pelo resto da minha
vida”, explicou Burkhart. “Sempre tive esperança, mas agora sei, em primeira mão, que haverá melhoras na ciência e na tecnologia que tornarão minha vida
melhor.”
Avanços científicos – Pesquisas para recuperação de indivíduos com lesão na medula espinhal, como paraplégicos e tetraplégicos, incluem o uso de exoesqueletos,
como o estudo desenvolvido pelo brasileiro Miguel Nicolelis, e a utilização de células-troco e estímulos elétricos. De acordo com os especialistas, a reunião
das várias técnicas poderá, no futuro, ajudar pessoas com paralisia a recuperar os movimentos.
Os pesquisadores americanos esperam agora passar a um sistema sem fio para que Burkhart não fique coberto pelos cabos que ligam os eletrodos do braço ao
computador e ao chip de seu cérebro.
“Para mim, estar em uma cadeira de rodas e ser incapaz de andar não é o pior”, disse Ian Burkhart. “O pior é a perda de independência, o fato de precisar
de outras pessoas para gestos cotidianos. Por agora, estamos na fase clínica, mas esse é um sistema que pode ser usado fora do hospital, em casa, no exterior,
e que poderá realmente melhorar a minha qualidade de vida”, disse o jovem.
Fonte: veja.abril.com.br
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