segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O consumidor com deficiência

Muitos consumidores com deficiência só fazem compras em estabelecimentos acessíveis, mesmo que o concorrente tenha ofertas melhores Muitos consumidores com deficiência só fazem compras em estabelecimentos acessíveis, mesmo que o concorrente tenha ofertas melhores Pare e pense em seus clientes… Agora, pense em quantos clientes a mais você poderia atrair para consumir seus produtos ou serviços. Se dissermos para você que existe uma fatia de mercado que não está sendo atendida justamente por não pensarem neles e que esses desejam consumir seus produtos e serviços, o que você nos diria? Muitos estabelecimentos deixam de vender mais por não atender clientes em potencial, que podem e fidelizam mais rápido do que os demais clientes já atendidos apenas pelo fato de não oportunizarem o acesso necessário para o consumo de seus produtos e serviços. Embora exista um investimento inicial para tornar seu estabelecimento acessível para o consumidor com deficiência, desde uma rampa de acesso, um banheiro acessível, um piso podotatil, a capacitação de seus vendedores em língua de sinais, um ajuste no layout como corredores mais largos entre as gondolas e araras, um cardápio em braile entre outros, investir em acessibilidade é investir no atendimento a um mercado negligenciado por muitos concorrentes, inclusive até por você! Imagine uma família composta por uma mãe usuária de cadeira de rodas, seu marido e filhos. Todos decidem ir às compras! A mãe deseja renovar seu guarda roupa, mas tem dificuldade de encontrar estabelecimentos acessíveis. Quando encontra acesso para entrar, descobre que o departamento feminino está localizado no piso térreo ou superior, mas não há acesso adequado para ela. Quando há um elevador, encontra dificuldade para transitar entre os corredores e acessar o produto nas araras ou prateleiras. Caminhando mais um pouco em sua verdadeira odisséia para conseguir consumir as peças desejas para seu guarda roupa novo, se depara com provadores inacessíveis. Decepcionada, deixa de comprar e todos de sua família, incomodados também com a situação vivenciada pela mãe resolvem sair do estabelecimento para quem sabe consumirem em outro local que a atenda, eu diria, “os atenda”. No final das contas, quantas vendas foram perdidas pelo seu estabelecimento? Pesquisam apontam que a cada uma pessoa com deficiência não atendida em estabelecimentos comerciais, de turismo ou lazer são na verdade perdidos em média 3 clientes em potencial. Vejam!! Muitos são as dificuldades encontradas pelos consumidores com deficiência nos ambientes comerciais para terem acesso a produtos e serviços como as barreiras atitudinais, comunicacionais e arquitetônicas. Apesar da legislação brasileira garantir a acessibilidade na oferta de produtos e serviços para pessoas com deficiência, percebemos que existe uma invisibilidade enfrentada pelo consumidor com deficiência cada vez mais ativo e com potencial de consumo crescente. Antigamente, as pessoas com deficiência não tinham um potencial de consumo por não terem trabalho, leis e fiscalização que viabilizassem o acesso e a garantia de seus direitos. Hoje o cenário mudou bastante com a Lei de cotas e a entrada dessas pessoas no mercado de trabalho. O avanço da tecnológico, da saúde e das políticas públicas voltadas para às pessoas com deficiência favoreceram o acesso, a participação e a permanência dessas pessoas nos mais variados locais da sociedade. É preciso enxergar a pessoa com deficiência como um cliente em potencial. Não dá mais para a sociedade dizer a eles qual seria “esse lugar” que lhe pertence, nem tão pouco negligenciar seu poder de consumo e de participação na sociedade. Cultuar a ideia de que a pessoa com deficiência ainda é aquela que recebe ajuda, merecedora da caridade alheia e sem muitas perspectivas educacionais, profissionais e de consumo é fomentar um mito e um retrocesso. Além disso, estamos deixando de enxergar oportunidades valiosas na relação consumidor-fornecedor e criando empecilhos para o exercício da cidadania e na garantia dos direitos a eles reservados. Investir em um estabelecimento acessível trás benefícios a todos! Uma rampa e corredores mais largos são mais confortáveis e seguros para crianças, idosos, gestantes e pessoas com mobilidade reduzida. Um produto audiodescrito poderá atender não somente às pessoas cegas, mas também aos deficientes intelectuais, disléxicos, analfabetos e idosos. Uma equipe capacitada para saber como atender bem o consumidor com qualquer tipo de deficiência é considerado hoje, juntamente com as demais possibilidade de acesso, uma estratégia de mercado para um retorno que virá triplicado, pois o consumidor com deficiência deseja ir com sua família ou companheiro (a) a locais que saibam atendê-lo e o valorizam seu poder de consumo tanto quanto o de qualquer outro consumidor. O empresário precisa ter uma visão que vá além do simples ritual de atender uma legislação e evitar uma multa. Priorizar o consumidor, apostando em soluções que não são de alto custo, analisando o custo-beneficio desse investimento incial trata-se de enxergar um mercado e possíveis negócios onde muitos concorrentes enxergam problemas, custos e assistencialismo. Pense nisso! Fonte: maxximiza

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