quinta-feira, 7 de julho de 2016

Zika conseguiu romper as paredes de proteção do OLHO

Paciente com essa inflamação intraocular pode ter várias complicações Desde que foi confirmado que o vírus da zika afeta os olhos, Saúde Visual vem publicado matérias acompanhando o desafio dos médicos com a falta de estrutura adequada para examinar a evolução do quadro ocular dessas crianças. Se a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estava liderando os estudos nesse campo, partiu de outra universidade, a USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto, a descoberta de mais uma complicação provocada pelo vírus da zika, publicada em uma das principais revistas científicas do mundo, o The New England Journal of Medicine. O que antes parecia apenas uma conjuntivite, comum em casos de zika, chamou a atenção de João Marcello Fortes Furtado, professor da USP de Ribeirão Preto. "Na primeira avaliação oftalmológica, eu verifiquei que, na verdade, além desse olho vermelho, ele tinha uma inflamação intraocular, então o olho direito dele estava inflamado”, afirmou o médico. Uma amostra do líquido do olho foi então enviada para testes no laboratório de virologia da USP. A análise revelou a presença de uveíte, uma inflamação intraocular. Até então, os pesquisadores sabiam que esse tipo de inflamação ocorria apenas de forma congênita, passada de mãe para filho durante a gravidez. A surpresa foi a constatação de que o vírus da zika conseguiu romper as paredes de proteção do olho. Uma semana depois, novos testes revelaram que a inflamação tinha avançado para o olho esquerdo, o que fez a visão do paciente diminuir pela metade. Os pesquisadores dizem que uma inflamação como essa nos olhos pode até desaparecer pela própria reação do sistema imunológico do corpo, mas o melhor para o paciente é procurar o médico, porque o caso pode se agravar. "O paciente com essa inflamação intraocular, de maneira persistente, ele pode ter várias complicações, uma delas é o desenvolvimento de catarata, e outra também que pode acontecer é o aumento da pressão do olho, que isso daí pode levar a uma perda de visão progressiva e permanente", declarou João Marcello. O paciente, que foi analisado na pesquisa, acabou curado da inflamação nos olhos. (Fonte: G1)

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