segunda-feira, 11 de julho de 2016

Cidade de São Paulo recebe prêmio internacional de acessibilidade

Cidade de São Paulo recebe prêmio internacional de acessibilidade Premiação foi concedida pelo Conselho Real para Deficiência da Espanha, presidido pela Rainha Letizia A cidade de São Paulo recebeu nesta sexta-feira, dia 8, o Prêmio “Reina Letizia de Accesibilidad Universal de Municipios”, em reconhecimento às iniciativas da Prefeitura Municipal na promoção da acessibilidade e da inclusão da pessoa com deficiência nos últimos anos, principalmente nos aspectos arquitetônico, cultural, educacional e esportivo. A outorga foi concedida pela própria Rainha Letizia no Palácio Real de El Pardo, em Madri, Espanha. Além do reconhecimento na categoria de cidades latino-americanas com mais de 100 mil habitantes, a cidade receberá 15 mil euros para serem aplicados em iniciativas voltadas à valorização das pessoas com deficiência. A organização da premiação compete ao Conselho Real para Deficiência, órgão autônomo presidido pela Rainha Letizia e vinculado ao Ministério da Saúde, Serviços Sociais e Igualdade do governo espanhol, à Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e à Fundação ACS. A Comissão Permanente de Acessibilidade – CPA, órgão vinculado à Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, foi o grande destaque da proposta enviada aos organizadores da premiação. O órgão colegiado formado por representantes da Prefeitura e da sociedade civil é responsável por traçar as diretrizes para tornar edificações, transporte, parques, entre outros locais, acessíveis a todas as pessoas. Em 2013, a CPA foi ampliada com a indicação de dois servidores de cada uma das 32 Subprefeituras (engenheiros e arquitetos) para tornar as análises dos projetos mais ágil e descentralizada. Para a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, a cidade de São Paulo tem se destacada por uma atuação transversal no processo de inclusão, com o envolvimento de todas as secretarias. “A pessoa com deficiência precisa ter condições de sair de casa, de ter sua mobilidade garantida, bem como seu direito de acesso aos serviços de saúde, educação, esporte, cultura, trabalho, entre outros. Para isso, é fundamental que haja acessibilidade arquitetônica, comunicacional e até de atitude”, comenta. O presidente da CPA, Adolfo Moreu lembra o conceito trazido pela Convenção da ONU de 2006 e ratificada pela Lei Brasileira de Inclusão – LBI, em que a deficiência se manifesta apenas na relação com o meio. “As edificações, a cidade e os locais em que as pessoas vivem e circulam que são deficientes quanto apresentam barreiras, não as pessoas. Nestes 20 anos de existência, a CPA tem promovido e incentivado que a cidade se torne um lugar para todos. “A honra de receber o Prêmio Reina Letizia indica que estamos no caminho certo”, declara. A arquiteta da CPA e especialista em Desenho Universal, Silvana Cambiaghi, lembra que o trabalho da Comissão é horizontal e integrado no municiípio e cita algumas das ações que tiveram a participação do órgão, como a criação dos Selos de Acessibilidade, implantação do Serviço Atende de transporte, além das diretrizes para acessibilidade nos ônibus, nos táxis, calçadas e vias públicas. “A CPA possui uma visão holística das necessidades das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e pode de forma deliberativa intervir nas ações do município de São Paulo”, destaca Silvana.

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