terça-feira, 10 de maio de 2016

SMADS dá início ao ciclo de formação em Trabalho Socioeducativo com Pessoas com Deficiência

O mundo lúdico dos desenhos é válvula de descompressão para os profissionais em aula inaugural do curso Imagem do post "Um momento de suspender o cotidiano e refletir." Assim definiu uma das participantes da aula inaugural reflexiva que deu início ao processo de formação em Trabalho Socioeducativo com Pessoas com Deficiência para os profissionais que atuam na área e técnicos supervisores de Centros de Referência Especializados em Assistência Social, os chamados Creas. O convite lúdico para pensar sobre como a sociedade desenvolveu diferentes olhares para esses cidadãos ao longo do tempo foi feito com auxílio de filmes animados do universo infantil como “O Corcunda de Notre Dame”, “A Bela e a Fera” e “A Era do Gelo”. As equipes ligadas aos serviços que atendem à população em situação de vulnerabilidade social foram instigadas a fazer uma leitura dessas obras ficcionais para compreender como aqueles personagens que de alguma forma são consideradas diferentes do senso comum são apresentadas e se relacionam com o mundo. Para isso, a responsável pela atividade, Ana Rita de Paulo, do Instituto Sorri Brasil - parceiro da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – SMADS - nesta capacitação, relacionou as cenas dos desenhos com acontecimentos do cotidiano desses profissionais. Na hora dessa imersão, muitos exemplos foram lembrados: o constante paradigma pela normalidade a que muitas pessoas com deficiência passam, como muitos parentes podem superproteger seu familiar com deficiência, o próprio lugar de isolamento a que muitos ainda são submetidos, a imposição em se adaptar aos processos sociais, ou como mães e cuidadores acabam por calar suas próprias vulnerabilidades e muito mais. Ana Rita ainda explicou para os presentes as alterações na terminologia que já foi empregada na hora de se designar as pessoas com deficiência, lembrando que a “sociedade está tentando ressignificar essa condição social”, quando coloca a pessoa antes da designação de sua deficiência, processo também de muita militância e luta da causa “O que quero ressaltar para vocês é esta grande transformação na ideia da normalidade quando a gente rompe com o pensamento de que há um ser humano ideal, perfeito, forte, inteligente, etc”, disse Ana. “A gente caminhou muito, mas acho que tem muita coisa que precisamos rever, principalmente dentro de nós mesmo. Vocês imaginam que estou envolvida nessa história há muito tempo, também sou uma pessoa com deficiência, mas muitas vezes me pego pensando pelo paradigma da normalidade ao analisar o outro.” Apontou também como ainda acontece muitas vezes um perverso processo de culpabilizar a pessoa pela própria exclusão ou impor a ela a responsabilidade pela rejeição que sofre. Ao fazer um balanço do encontro, muitos expressaram o sentimento de gratidão pela possibilidade de poder compartilhar aquelas horas de reflexão e descompressão do trabalho cotidiano. Este encontro dá início à formação da equipe de profissionais ligados diretamente ao atendimento das pessoas com deficiências que poderão passar por uma das duas etapas de capacitação. Primeiramente serão 18 turmas que já iniciam os estudos agora no mês de maio, seguidas, em uma segunda etapa, dos outros 27 grupos que acontecerão de forma descentralizada pelas regiões da cidade de São Paulo. FONTE>s m pe d

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