quarta-feira, 30 de março de 2016

Deficientes usam recursos próprios para construir rampa em praça pública

Grupo reclamou da falta de acessibilidade e de mobilização da prefeitura. Prefeitura informou que há projeto de readequação para praça em Macapá. 013 Deficientes físicos mobilizaram-se para fazer obra de acessibilidade na praça Barão do Rio Branco, no Centro de Macapá (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no Amapá) Deficientes físicos que praticam basquete na praça Barão do Rio Branco, no Centro de Macapá, juntaram-se e pagaram com recursos próprios um profissional para construir uma rampa de acesso à quadra. A obra, que custou R$ 100, foi executada no sábado (26), com a ajuda dos próprios cadeirantes. Eles compraram um saco de cimento, contrataram um pedreiro e receberam doações de areia e seixo. O grupo de esportistas, representado pela Associação dos Deficientes Físicos do Amapá (Adefap), informou que há três anos solicita à prefeitura a adaptação do espaço. Eles dizem que o pedido nunca foi atendido. 2 Cadeirantes usam quadra para jogar basquete (Foto: Reprodução/Rede Amazônica no AP) Segundo a prefeitura, existe um projeto em andamento de revitalização e readequação da praça. De acordo com o grupo, para entrar na quadra, os deficientes precisavam da ajuda de alguém. A equipe de basquete treina no local há cerca de 2 anos. “Quando a gente pede acessibilidade, ela não é só para a pessoa com deficiência. Acessibilidade serve para todo mundo, serve para o idoso, serve para a grávida, e serve também para as pessoas com deficiência. A gente precisa ali de, no máximo, um metro. Esse manifesto aqui hoje [sábado] foi para quebrar e, em seguida, recuperar o espaço quebrado”, falou o atleta Rogério Santos. “Demos prazo para eles [prefeitura]. Avisamos que até sexta-feira [25] se não tivesse feito [o acesso], no sábado não precisava mais, porque a gente viria fazer”, disse o vice-presidente da Adefap, Fernando Oliveira. A associação informou que contratou um pedreiro para fazer a obra de acessibilidade no espaço público. “Cada um tem que, primeiro, ajeitar a sua casa. Os órgãos públicos não são acessíveis, e não fazem por onde ser. Eles têm a responsabilidade, a obrigação de tornar acessível principalmente a casa deles. Eles não fazem por onde. Ora, se eles não fazem, vamos fazer no lugar deles”, concluiu Samuel Silva, presidente da Adefap. 3

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