quinta-feira, 5 de novembro de 2015

CPB avalia Mundial de Atletismo para ir ainda mais longe nos Jogos do Rio-2016

A delegação brasileira deixou neste domingo, 1, a cidade de Doha, no Catar, onde foi disputado o Mundial Paralímpico de Atletismo. O Brasil conquistou 35 medalhas na competição (oito de ouro, 14 de prata e 13 de bronze) e ficou com a sétima colocação na classificação geral. Apesar dos desafios que a equipe encontrou ao longo do evento, e a meta de estar entre os cinco melhores do Mundial, a direção técnica do Comitê faz um balanço positivo da participação. “Nossa expectativa era a de estar entre os cinco melhores do campeonato. Nós tivemos alguns problemas graves com lesões. Então, por causa destes percalços, avaliamos que a competição foi boa para o Brasil. Temos de usar o resultado de Doha como projeção para a Rio-2016”, afirmou Edilson Alves da Rocha, o Tubiba, diretor técnico do CPB. O primeiro obstáculo na pista do Catar Sports Club foram as lesões. Já sem os machucados Mateus Evangelista e Verônica Hipólito, candidatos a medalhas de ouro em Doha, o Brasil ainda teve as ausências Petrúcio Ferreira e Lucas Prado. Petrúcio, recordista mundial dos 200m (T47), sentiu nova lesão na coxa direita em treinamento na semana que antecedeu o Mundial. Já Lucas lesionou seu joelho direito logo na estreia do campeonato, nos 100m, classe T11 (cego total). Também durante a competição, o Brasil viu a medalha certa de Odair Santos nos 5.000m (T11) escapar das mãos após o fundista sofrer uma hipertermia e desmaiar a 100m da linha de chegada. Odair recuperou-se, venceu os 1.500m dias depois, mas não repetiu a dobradinha que havia conseguido em Lyon, na França, em 2013. O paulista fez parte da campanha vitoriosa no Mundial anterior, quando o Brasil obteve 40 medalhas: 16 de ouro, dez de prata e outras 14 de bronze. “Vamos ver agora os ajustes que precisamos, analisar as medalhas que perdemos e fazer o trabalho de casa para chegar ao Rio e ficar entre os melhores do atletismo, como em outros Mundiais”, completou Tubiba. Quem também pode dizer que sai satisfeito de Doha é Yohansson Nascimento. Velocista da classe T47 – amputados de membros inferiores -, ele conquistou uma medalha de ouro nos 200m e uma de prata nos 100m. Este foi o terceiro Mundial consecutivo em que o alagoano vai ao menos uma vez no lugar mais alto do pódio. Em Christchurch-2011, ele venceu os 100m, e em Lyon-2013, os 200m. “Não importa o resultado, vou continuar treinando bastante. Nunca vou a uma competição pensando nos títulos que conquistei. Tenho de manter aquela vontade de ganhar. Não vai ser diferente no Rio de Janeiro. Vou fazer os 100m, 400m e, provavelmente, o revezamento 4x100m. Minha expectativa é fazer boas marcas e trazer medalhas”, disse. O Mundial Paralímpico de Atletismo foi disputado por 1.315 atletas (incluindo atletas-guia) de 88 países. A competição ocorreu entre os dias 22 e 31 de outubro, em Doha, no Catar. A China terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas com 41 de ouro, 26 de prata e 18 de bronze, seguida da Rússia com 24 ouros, 21 pratas e 24 bronzes. A próxima edição do evento já tem local: Londres, na Grã-Bretanha, será a sede em 2017. De volta ao Brasil A Seleção Brasileira de atletismo paralímpico retorna ao país neste domingo, 1. Todos os atletas e a comissão técnica chegam ao Aeroporto Internacional de Guarulhos no voo 773 da Qatar Airways, com previsão para as 17h35 (pelo horário de Brasília). Confira todos os medalhistas do Brasil no Mundial Paralímpico de Atletismo de Doha Ouro Daniel Tavares – 400m, classe T20 Yohansson Nascimento – 200m, classe T47 Daniel Silva / Heitor Sales (guia) – 400m, classe T11 Felipe Gomes / Jorge Augusto (guia) – 200m, classe T11 Silvania Costa – salto em distância, classe T11 Shirlene Coelho – lançamento de dardo, classe F37 Odair Santos / Carlos Antonio (guia) – 1.500m, classe T11 Renata Bazone / Fernando Junior (guia) – 800m, classe T11 Prata Alex Pires – 1.500m, classe T46 Felipe Gomes / Jorge Augusto (guia) – 100m, classe T11 Terezinha Guilhermina / Guilherme Santana (guia) – 400m, classe T11 Gustavo Araujo – 100m, classe T13 Alan Fonteles – 200m, classe T44 Jose Humberto Rodrigues – lançamento de dardo, classe F54 Terezinha Guilhermina / Guilherme Santana (guia) – 200m, classe T11 Kelly Cristina Peixoto – arremesso de peso, classe F41 Yohansson Nascimento – 100m, classe T47 Jerusa Geber – 100m, classe T11 Lorena Spoladore – salto em distância, classe T11 Raíssa Machado – lançamento de dardo, classe F56 Claudiney dos Santos – lançamento de disco, classe F57 Edson Pinheiro – 100m, classe T38 Bronze Thalita Simplício / Felipe Veloso (guia) – 400m, classe T11 Jonathan Santos – arremesso de peso, classe F41 Claudiney dos Santos – lançamento de dardo, classe F57 Izabela Campos – lançamento de disco, classe F11 Jhulia Santos / Fabio Dias – 200m, classe T11 Elizabeth Gomes – arremesso de peso, classe F54 Jonas Licurgo – lançamento de dardo, classe F55 Renata Bazone / Fernando Junior (guia) – 1.500m, classe T11 Marivana Oliveira – Arremesso de peso, classe F40 Jhulia Santos / Fabio Dias (guia) – 100m, classe T11 Alan Fonteles – 100m, classe T44 Daniel Silva / Heitor Sales (guia) – 400m, classe T11 Ana Claudia Silva – 100m, classe T42 Patrocínio A equipe brasileira de paratletismo tem patrocínio da Caixa Loterias e da Braskem. Assessoria de Imprensa do Comitê Paralímpico Brasileiro no Mundial

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