quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Cientistas alemães criam córnea artificial

Dr. Joachim Storsberg (Foto: IAP) Para quem depende de um transplante de córnea, a realidade apresenta mais dois tristes fatores que só aumentam a angústia: a fila de espera e a possível rejeição às córneas naturais transplantadas. Este segundo problema elimina o primeiro, já que, nos casos de intolerância a córneas naturais, nem mesmo a fila de espera representa uma esperança. A boa notícia para estas pessoas, porém, é que pesquisadores de todo o mundo trabalham arduamente para criar córneas artificiais que possam atender às necessidades dos pacientes. Os primeiros esforços já deram frutos na Alemanha, no Instituto de Polímeros Aplicados em Potsdam. A equipe do Dr. Joachim Storsberg, que trabalha em uma córnea artificial de plástico desde 2007, conseguiu produzir em laboratório uma córnea artificial que atende as necessidades de pacientes cuja córnea se torna translúcida, uma condição extremamente difícil de tratar. Com os primeiros sucessos, o Dr. Joachim agora está fabricando córneas mais flexíveis também quanto ao uso. Segundo ele, a equipe está no processo de desenvolvimento de dois tipos diferentes de córneas artificiais, referindo-se aos testes necessários para que o dispositivo seja aprovado pelas autoridades de saúde, uma vez que os protótipos já estão prontos. Uma delas será usada como alternativa para a córnea de um doador nos casos onde o paciente não tolera o transplante. O pesquisador ressalta que este é o caso mais crítico, uma vez que nem mesmo a fila de transplantes é uma opção para esses pacientes. Já o segundo tipo de córnea pretende ser mais genérico, eventualmente substituindo de vez as córneas de doadores em todos os transplantes. As novas córneas artificiais são feitas de polímeros com propriedades de absorção de água ainda mais eficientes. Uma segunda camada de revestimento garante maior firmeza do implante no olho. Além disso, a borda da córnea artificial recebeu uma alteração química capaz de induzir o crescimento local de células, o que representa um elemento de “ancoragem definitiva” do implante no olho. Os testes iniciais feitos em coelhos já mostraram que os novos revestimentos não induzem respostas imunológicas, atestando a biocompatibilidade dos materiais usados. Agora a equipe irá começar os testes em humanos. (Fonte: Inovação Tecnológica)

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