quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Com o trabalho, deficientes ganham autonomia

Foto de uma menina que tem síndrome de down em um escritório. Ela está em frente a sua mesa acenando para a câmera. Aprendizado, evolução e autonomia. Valores como estes podem ser adquiridos quando um deficiente está no mercado de trabalho. Mas quem pensa que apenas eles aprendem, se engana. Os funcionários das empresas, através do convívio diário com essas pessoas, também adquirem conhecimento. Entre eles, sorrir para a vida mesmo em meio às dificuldades. Este tornou-se um dos ensinamentos da portadora de Síndrome de Down, Fabiana Wickert, 30 anos. Ao pensar na importância da valorização dos deficientes, a Apae de Venâncio Aires, desde sexta-feira, 21, promove uma programação da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, cujo tema é a ‘Inclusão se conquista com Autonomia’. As atividades ocorrerão até sexta-feira, 28. EVOLUÇÃO A jovem Fabiana, por exemplo, é referência de alguém que aprendeu, evoluiu e acredita que o mercado de trabalho vale a pena. Trabalha desde fevereiro como auxiliar administrativa do setor de medicina e segurança do trabalho na Continental Tobaccos Alliance (CTA), e participou do curso de aprendizagem profissional promovido pela empresa, no período de abril de 2013 até fevereiro deste ano. Com muita força de vontade e também com incentivo da mãe, Fabi, como é conhecida pelas pessoas mais próximas, decidiu ingressar na empresa para conquistar o próprio dinheiro. Sonhos? A jovem tem muitos. Com os braços abertos e um sorriso sincero, ela pronuncia as seguintes palavras: ‘Meus sonhos? Um deles é ser dona de toooodo esse setor aqui.’ No momento, fazer faculdade não está nos planos dela, mas se fizer, a área da saúde tem preferência. Segundo Fabiana, em casa, os pais não negam que ela evoluiu muito e tornou-se mais comunicativa depois que começou as trabalhar. Ativa, em casa também não para: ‘Danço muito, gosto de aprender sempre e também ensinar.’ Em meio à correria do dia a dia, não deixa de lado a vontade de ajudar e contribuir para que tudo dê certo. As tarefas desenvolvidas por ela estão ligadas ao uso do computador. A partir da telinha, ela faz o lançamento de alguns documentos e cria tabelas. APRENDIZADO Mas não é apenas Fabi que aprende, pois em muitos momentos, é ela que ensina. Na própria empresa, visita cada setor para incentivar os funcionários a se movimentarem e praticarem alguns exercícios. ‘Eu sou a ‘profe’, e eu gosto muito do que faço’, complementa. Quem aprende com ela também é a própria chefe do setor, a enfermeira do trabalho, Karine Sehn. Conforme a enfermeira do trabalho, Fabiana é muito transparente, vive disposta e pergunta sempre quando tem dúvidas. Além disso, a jovem tem um histórico de evolução muito grande: ‘Ela conhece o espaço da empresa e o que ela produz. Evoluiu na fala, tornou-se mais comunicativa, se expressa melhor e sabe utilizar todas as ferramentas que nós temos no computador’, comenta. Fonte: site Folha do Mate por Kethlin Meurer.

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