sexta-feira, 22 de maio de 2015
Software criado no AM transforma Língua de Sinais em sons
Foto de um homem usando a pulseira e fazendo o teste do Software.
Um software desenvolvido no Amazonas promete melhorar a comunicação feita pela Língua de Sinais. Por meio de sensores instalados nos antebraços, o mecanismo
permite transformar os gestos em palavras e frases. Os sons são reproduzidos por celular. Batizado de “Giullia – a mão que fala”, o aplicativo faz homenagem
a uma jovem que tinha deficiência auditiva. A invenção foi lançada nesta segunda-feira (18) pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Segundo o idealizador
do projeto, um fabricante mundial de aparelhos móveis já demonstrou interesse no projeto.
Para o pesquisador e idealizador do “Giullia”, Manuel Cardoso, os deficientes vão poder melhorar a competividade no mercado. Cardoso diz que o trabalho
de pesquisa é feito há mais de um ano pela equipe do Núcleo de Robótica e Automoção da UEA.
“Esses sensores pegam os sinais dos músculos do braço, da mão e dos dedos e os transmitem via bluetooth para o celular. No celular, nós embarcamos em uma
tecnologia baseada em inteligência artificial, chamadas redes neurais artificias, que são modelos matemáticos que assimilam a funcionalidade, por exemplo,
dos neurônios biológicos, de tal forma que podemos ensinar o programa a reconhecer padrões vindos dos sinais. Se um deficiente auditivo está olhado para
você e entende o que você fala, ele vai gesticular a resposta e o celular vai traduzir o que ele falou na Língua de sinais. A mão passa a gerar a voz que
não é emitida pelas cordas vocais, por isso o nome: a mão que fala”, explicou Cardoso.
Segundo o pesquisador, nesta terça-feira (19) uma comissão que participou da pesquisa vai embarcar para os Estados Unidos para uma reunião com especialista
norte-americanos com o propósito de conseguir verbas para o desenvolvimento de novas pesquisas.
O idealizador do projeto disse ainda que a licença da patente do “Giullia” é negociada com uma fabricante mundial de celulares. “Existem pessoas com essa
deficiência no mundo todo e o que a gente espera [com a negociação] é fazer a sustentação da continuidade das pesquisas a partir do ganho financeiro”,Software
criado no AM transforma Língua de Sinais em sons
Software criado no AM transforma Língua de Sinais em sons
afirma.
‘Giullia‘
Segundo Cardoso, o nome do projeto é uma homenagem a uma jovem que teve suas atividades cerebrais prejudicadas em virtude de uma bactéria adquirida ainda
na maternidade. Ela foi uma das beneficiadas com o projeto “Mouse Ocular”, que permite pessoas com deficiência motora navegar pela internet e escrever
textos no computador utilizando sensores conectados ao movimento dos olhos.
Giullia – que também tinha deficiência auditiva – entrou no projeto do “Mouse Ocular” aos sete anos. Ela morreu no ano passado,com 15 anos. “Giullia foi
uma inspiração. Costumo dizer que ela partiu, mas vai ficar para sempre conosco”, garante Cardoso.
Fonte: site G1.com AM por Suelen Gonçalves.
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