sexta-feira, 22 de maio de 2015
Dos 50 ônibus, 38 não possuem rampa móvel
Ônibus amarelo estacionado com suas portas abertas.
Edina Veloso, 44 anos, tem deficiência física e sempre que precisa se
locomover por São Roque, onde mora, tem que pensar nos ônibus que
possuem plataforma
elevatória ou rampa móvel. O motivo é que, dos 50 ônibus da frota da
Viação São Roque, apenas 12 possuem esse tipo de acesso. Edina, porém,
não deveria
ter essa preocupação, já que o Decreto Federal 5.296, que entrou em
vigor em dezembro do ano passado, diz que todos os ônibus do transporte
coletivo devem
estar acessíveis às pessoas com deficiência, mobilidade reduzida,
idosos, obesos e gestantes.
Essa realidade, entretanto, não é vista em São Roque. Apesar das placas
indicando acessibilidade no vidro parabrisa e ao lado das portas de
todos os ônibus,
não são todos os veículos do transporte coletivo da cidade que possuem a
plataforma elevatória ou rampa móvel.
Segundo o gerente da Viação São Roque, Ronaldo da Silva, todos os ônibus
da cidade estão regularizados. “No decreto diz que apenas os ônibus
fabricados
após 2010 devem ter rampas, os demais devem ser acessíveis. E os nossos
são. Existe um espaço dentro do ônibus destinados aos deficientes e às
gestantes”,
afirmou. “Os usuários que precisarem de ajuda para subir no ônibus podem
pedir auxílio ao motorista ou ao cobrador. Mas está tudo certo”, garantiu.
Segundo a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), a
prefeitura de São Roque é responsável por fiscalizar a situação dos
ônibus. A reportagem
entrou em contato com a assessoria de imprensa do poder municipal, mas
não obteve respostas.
A dona de casa Silvana Oliveira, 63, tem dificuldades para andar e
precisa da ajuda de uma bengala para se locomover. Ela reclama da falta
de acessibilidade
dos ônibus. “O degrau é muito alto. Eu sofro para conseguir subir no
ônibus. Não adianta ter só a plaquinha, é preciso ter a rampa”, reclamou.
Mesmo sem precisar da acessibilidade, o pintor Albano Costa, 48, também
não concorda com a situação. “É algo humilhante”, disse. A Associação
dos Deficientes
Físicos da Região de Sorocaba (Aderes), informa que o usuário que se
sentir prejudicado deve procurar o Ministério Público para protocolar
uma reclamação.
Fonte: site Cruzeiro do Sul por Rafaela Gonçalves. (Com adaptações).
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