quarta-feira, 13 de maio de 2015

Deficiente visual é barrado no estádio do Palmeiras

Eduardo Girioli Bertini não conseguiu ingresso, apesar de estádio ter cadeiras sobrando Eduardo Girioli Bertini não conseguiu ingresso, apesar de estádio ter cadeiras sobrando fim da lista E não necessariamente eles estavam sem dinheiro para entrar. Inclusive, desde a inauguração do novo estádio palmeirense, o jogo desta quarta-feira foi o que teve o menor preço médio de ingresso, em torno de R$ 37. Entre os "barrados" estava o psicólogo Eduardo Girioli Bertini, 29. Ele, que é deficiente visual, veio com dois amigos de Campinas com a intenção de sentir e emoção de acompanhar o seu time de coração dentro do estádio.Quando o árbitro Fábio Filipus apitou o início da partida em que o Palmeiras venceu o Sampaio Corrêa por 5 a 1 pela Copa do Brasil, no Allianz Parque, cerca de 400 torcedores do clube paulista procuravam a melhor posição para acompanhar a partida pela TV, em um dos aparelhos instalados nos bares defronte à entrada principal do estádio. Apesar de cerca de 16 mil lugares vazios do lado de dentro, ele e os amigos não conseguiram garantir a entrada. "Tentamos comprar na hora, mas não deu certo. O pessoal está falando que tem muitas cadeiras vazias lá dentro, mas o clube, por contenção de gastos, decidiu nao abrir a parte superior do estádio", lamentou. Até o técnico Oswaldo de Oliveira, do Palmeiras, estranhou o setor superior vazio. "A parte de cima não tinha ninguém. Se tivessem disponibilizado, teríamos 30 mil pessoas aqui. A torcida está de parabéns". Bertini conta que já teve o prazer de entrar na nova arena palmeirense, mas não para acompanhar uma partida de futebol. "Estive aqui no show do Paul McCartney e foi sensacional. O estádio tem uma acústica muito boa. Foi emocionante", disse ele. O torcedor conta que apesar da deficiência visual, acompanhar uma partida do estádio é muito diferente da experiência de escutar um jogo pela TV ou pelo rádio. "A gente sente a emoção de ouvir a torcida cantando, a vibração do som e das pessoas. Eu gosto muito de futebol. É uma sensação indescritível". Bertini diz que por morar no interior, não é sempre que consegue acompanhar partidas de futebol. Lembra de ter ido, ainda criança, com o avô em um jogo contra o Mogi Mirim, no interior de São Paulo. Mais recentemente acompanhou um amigo em um jogo da Ponte Preta, no Moisés Lucarelli. Outro que tentou comprar ingresso na hora e não conseguiu foi o gerente comercial Renato Pacheco, 39, que veio de Franca para São Paulo com um grupo de mais 12 pessoas, a trabalho. "O pessoal conseguiu vir mais cedo e entrou. Eu fui o último e agora vou ter de passar frio aqui fora até que eles saiam. E ainda vou ter de pagar R$ 35 de estacionamento", disse ele. Pacheco conta que é sócio-torcedor do clube, mas afirma que não tem sido fácil conseguir as entradas pelo site. Este ano, só consegui para um jogo contra o São Bento, pelo Campeonato Paulista. Daniel Strano, 20, é estudante de cinema e mora nos arredores do Allianz Parque. Reclama do preço alto dos ingressos e disse que ainda não conseguiu conhecer o novo estádio palmeirense. "Eu até acho que o ingresso aqui tem de ser mais caro do que no Pacaembu. Mas é preciso achar um meio termo. Agora, que ainda é novidade, tem muita gente procurando. Hoje mesmo, que tinha um preço mais em conta, acredito que dava para abrir as arquibancadas superiores", diz. O único que não reclamou foi Willian de Sales de Oliveira, funcionário da Lanchonete Alviverde, que fica em frente ao portão principal do estádio. Ele conta que, desde a reinauguração da praça esportiva, tem notado um movimento maior de clientes durante as partidas. "Sem dúvida está melhor do que antigamente. Muita gente vem para cá tomar uma com os amigos, curtir o jogo pela TV. Alguns estão sem dinheiro, mas outros preferem mesmo tomar uma cerveja, que lá dentro é proibido", diz fonte portal p c d

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