sexta-feira, 29 de maio de 2015
Concurso quer incentivar crescimento da moda inclusiva em Santa Catarina
foto: Cerimônia na Assembleia marcou lançamento da terceira edição do prêmio de moda inclusiva - Fábio Queiroz
foto: Cerimônia na Assembleia marcou lançamento da terceira edição do prêmio de moda inclusiva - Fábio Queiroz
Foi lançada na noite desta sexta-feira (22), na Assembleia Legislativa, a terceira edição do Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva, promovido pelo Instituto
Social Nação Brasil, com apoio de várias empresas catarinenses. A cerimônia de lançamento contou com o apoio da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa
com Deficiência
O objetivo principal do prêmio é estimular estudantes de moda e estilistas a desenharem peças de roupa voltadas para pessoas com deficiência, incentivando
o crescimento da moda inclusiva no estado. A miss Brasil Cadeirante 2015, Caroline Marques Paiva, que participou da cerimônia, acredita que a moda inclusiva
tem um papel importante para a inclusão desse público. “A moda é para ser para todos. Nós não somos diferentes das demais pessoas, também queremos estar
na moda, valorizar a nossa beleza. Por isso, a moda inclusiva tem esse papel importante”, afirmou.
Daniela Auler, coordenadora do Concurso Internacional de Moda Inclusiva, afirmou que a moda inclusiva ainda é um assunto novo entre os estilistas e nas
escolas de moda, porém em franco crescimento. Ela também acredita que, além da valorização da beleza, as roupas adaptadas atuam na inclusão das pessoas
com deficiência.
“A moda é uma ferramenta social. A sociedade tem trabalhado muito com a questão da inclusão nos últimos anos e o vestuário tem seu papel nesse movimento”,
declarou.
A fisioterapeuta Dariene Rodrigues, também presente ao evento, é uma das pioneiras na moda voltada para pessoas com deficiência. Ela é diretora do Lado
B-Moda Inclusiva, a primeira empresa a desenhar e produzir peças para esse público. Segundo ele, além da valorização da autoestima, as roupas inclusivas
também facilitam o trabalho de quem atua como cuidador de pessoas com deficiência. “A moda inclusiva tem um papel importante na melhoria da qualidade de
vida do cadeirante, do amputado”, acredita.
O designer, estilista e professor de moda Mario Queiroz foi um dos palestrantes do evento desta noite. Ele destacou a necessidade do estímulo à moda inclusiva,
não apenas na elaboração de peças adaptadas, mas, também na valorização na beleza dessas roupas. “Nosso objetivo é incentivar os alunos de moda a pensarem
que as roupas também devem destacar a beleza, mexer com a vaidade das pessoas com deficiência”, disse.
Jupira Dias, produtora do Prêmio Catarinense de Moda Inclusiva, afirmou que as inscrições já estão abertas e podem ser feitas na
fanpage do concurso no Facebook
ou por
e-mail.
Ao todo, serão selecionados 20 trabalhos, que participarão de um desfile em Florianópolis, no dia 3 de dezembro. “Vamos fazer palestras pelo estado para
incentivar alunos e estilistas a aderirem à moda inclusiva”, comentou.
› FONTE: ALESC
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