sexta-feira, 17 de abril de 2015

Estudante brasileiro cria protótipo de bengala eletrônica

A formatura de Guimarães está marcada para dezembro e, até lá, ele pretende melhorar o protótipo Já apresentamos aqui o conceito de tecnologia assistiva, termo relativamente novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida Independente e inclusão social. Para deficientes visuais, uma bengala eletrônica que avisa quando há algum obstáculo seria muito bem vinda. Nos Estados Unidos, já existe uma versão de bengala eletrônica vendida por 1,4 mil dólares. A boa notícia é que, no Brasil, um estudante criou um aparelho parecido, mas que conta apenas com um sensor e sai por 500 reais. O estudante universitário Carlos Solon Guimarães criou um protótipo de bengala eletrônica com dois sensores que avisam o deficiente visual quando há algum obstáculo a um metro de distância. Cada um dos sensores – o mesmo usado em celulares – é programado para vibrar quando há um objeto acima ou abaixo da cintura. Guimarães, que criou o protótipo para o seu trabalho de conclusão no curso de Ciência da Computação da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), no Rio Grande do Sul, teve a ideia através de projetos da universidade que buscam alternativas para deficientes visuais. A bengala foi feita com equipamentos de baixo custo. O protótipo é feito com canos PVC. Guimarães usou apenas softwares e hardwares de código aberto, ou seja, que qualquer pessoa pode usar e alterar sem pagar nada. Com isso, o estudante pretende criar, no futuro, um kit para que o deficiente conecte os sensores a sua própria bengala. A formatura de Guimarães está marcada para dezembro e, até lá, ele pretende melhorar o protótipo e estudar como a bengala será colocada no mercado. Segundo ele, com ajuda de investidores, a bengala poderá ser vendida por 300 reais. A iniciativa agradou ao presidente da Associação Brasileira de Deficientes Visuais, Sadi de Mello. Segundo ele, somente no estado do Rio Grande do Sul existem 100 mil gaúchos cegos. E o número é ainda mais alarmante quando se fala no Brasil: cerca de cinco milhões.

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