sábado, 25 de abril de 2015

Espetáculos de dança abordam reações sobre o diferente

Exibidos no último domingo (19) e terça-feira (21), os espetáculos Proibido Elefantes e Sobre Todas as Coisas, da Companhia Giradança, do Rio Grande do Norte, abordaram as reações das pessoas diante do que é diferente ou considerado fora da normalidade. A companhia é formada por integrantes com e sem deficiência.                 No espetáculo Sobre Todas as Coisas, a trilha sonora, ora chocante, ora pop, envolve a plateia que acompanha os movimentos do dançarino cadeirante, dos deficientes intelectuais, da cega, da anã, dos bailarinos sem deficiência, que se misturam e se separam pelo palco, no caos proporcionado pela dança contemporânea.                 Os próprios integrantes provocam entre si o estranhamento, ao movimentarem-se pelo diferente, pelos signos e sinais sociais conhecidos, rotulando-se e despindo-se de estereótipos ao usar movimentos inesperados em um ambiente de luz envolvente, amarelada ou em uma luz branca, fria, dependendo da mensagem desejada.                 A luta contra o preconceito, sobre o que é ser diferente e o que é ser normal, permeia todo o espetáculo e faz-se cada vez mais premente à medida que ele se desenrola diante da plateia que ri, se emociona, se compadece. Uma das bailarinas, anã, hostilizada em duas cenas, retumba um grito de PARE, muitas vezes engasgado na garganta de todas as pessoas com deficiência diante das injustiças sociais.                 O espetáculo abriu a temporada do Palco Giratório, promovido pelo Sesc, em João Pessoa, no Teatro do Sesi. A companhia Giradança segue para Maceió apresentando seus dois espetáculos e fica em turnê até o final do mês de maio. Roda de conversa                 Após a apresentação, a companhia realizou uma roda de conversa com a plateia, que fez perguntas sobre a montagem do espetáculo e sobre a companhia de dança. A Asdef participou da roda de conversa com a vice-presidente, Carol Vieira, a assessora técnica Douraci Vieira, a estagiária de serviço social, Samara Klislaine, a estagiária de comunicação, Dayane Vasconcelos, o voluntário Lucas Farias e a assessora de comunicação, Elara Leite.                 “Tentamos dar o melhor de nós, incluir um pouco da nossa própria verdade na coreografia, que montamos através de coreógrafos, mas também leva muito do que nós somos”, afirma Marconi Araújo, cadeirante integrante da companhia Giradança.                 A bailarina Rozeane Oliveira, afirma que, durante os ensaios, ninguém é tratado com diferença. “Aqui todo mundo é gente do mesmo jeito. Ensaiamos todos juntos, se alguém erra é chamado atenção do mesmo jeito. Não temos diferenciação”, finalizou. fonte:asdef

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