segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Professora desenvolve projeto de inclusão para deficientes

Antes tidos como excluídos socialmente, pessoas com alguma deficiência - física ou mental - estão ganhando um novo olhar da sociedade, especialmente no tocante às suas necessidades e seus direitos enquanto cidadãos ativos e atuantes no contexto em que vivem. Partindo deste princípio, a professora do Colégio Alternativo Cláudia Regina da Silva elaborou o projeto de inclusão social “Ver para Crer, Tocar para Ver”, para incentivar crianças do 1º Ano do Ensino Fundamental a respeitar e conviver com as diferenças e deficiências de outras pessoas, especialmente a visual, além de aprenderem a reconhecer, por meio de atividades lúdicas, as dificuldades enfrentadas por estas pessoas. O objetivo foi despertar na criança valores como solidariedade, afetividade e a importância de auxiliar o próximo, pois tratar as pessoas com dignidade ainda é a melhor maneira de desenvolver o respeito. “O projeto durou três meses e foi muito prazeroso porque tivemos retorno não apenas das crianças, mas também de suas famílias. Apesar de a deficiência visual estar cada vez mais na mídia, ela ainda não é um assunto tão debatido na sociedade”, afirmou Fabiola Martins Lopes, diretora da unidade Alternativo de Jacaraípe, onde a proposta foi desenvolvida. Os pequenos também foram incentivados a ler o livro “Meu Amigo é Diferente” de Débora Jardim, que conta a história de Carlinhos, um aluno com deficiência visual que não via o mundo com os olhos, mas com a imaginação, a partir de sons, sentimentos, sensações e perguntas. Junto com o livro, eles levaram uma ficha descritiva e um boneco deficiente visual com seu cão guia. Os alunos passaram um tempo com eles, cuidando, simulando dar comida, imaginando como seria ter as mesmas dificuldades e buscando soluções, que eram registradas na ficha com a ajuda da família. Inclusão social O Colégio Renovação tem se tornado referência no assunto alunos especiais. Segundo a pedagoga da escola, Rafaela Martins Moura Sá Muzi, o segredo está justamente na palavra inclusão. “Nós trabalhamos a inclusão na sua amplitude, ou seja, não tem método diferenciado para receber esses alunos. Nós fazemos de tudo para que eles se sintam mais incluídos nos processos de aprendizagem, assim como as outras crianças, porém respeitando a limitação de cada um”, explica Rafaela. Segundo ela, o diferencial está no currículo preparado para o aprendizado do aluno, levando em conta sua maturidade. “Nós temos, por exemplo, um aluno autista de 10 anos que apresenta agora a maturidade para aprender a ler e escrever. Então, ele faz atividades físicas, participa da Mostra Cultural com alunos da sua idade, mas na alfabetização ele participa da classe que está aprendendo, como ele”, diz Rafaela. E todo o acompanhamento, ela destaca, é feito através de uma parceria de sucesso entre escola, equipe multidisciplinar formada por neurologista, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e pedagogos, e família. fonte:folha vitória

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