sexta-feira, 29 de agosto de 2014

 Como lidar com a cegueira de um cão

Em seu artigo, Adriana Lage comenta sobre a cegueira de um cão, dando dicas de convivência. Adriana Lage Hoje, vou comentar com meus leitores sobre um fato que andou tirando meu sono: a cegueira da minha cachorrinha. Quem me conhece, sabe que sou louca por cachorros. Tenho três daschund que são minhas "filhinhas". Minha cachorrinha do meio, a Bubú, sempre teve uma saúde mais frágil, requisitando mais cuidados que as demais. Ela é minha fiel escudeira. Sempre ao meu lado! Hoje, já com 11 aninhos, está praticamente cega. As cataratas tomaram conta dos seus olhos. Segundo o veterinário não há o que fazer. Quase morria do coração cada vez que ela, sem enxergar, trombava nos móveis, caía ou se machucava. Isso, sem falar nas quase brigas quando ela, ceguinha, resolvia pular em camas já ocupadas por outras cachorrinhas ou passava, inocentemente, ao lado de uma das irmãs comendo... Não tem jeito! Estamos tendo cuidado redobrado para evitar maiores danos. Fiquei pensando: como poderia aumentar a qualidade de vida de uma cachorrinha cega? Pesquisei bastante e fiquei aliviada, ou melhor, mais conformada: a visão é apenas o terceiro sentido mais utilizado pelos cães. Em primeiro lugar, utilizam o olfato, seguido da audição. O que mais me confortou nas pesquisas que fiz foi saber que os donos sofrem muito mais que os cachorros. O nosso drama é sempre maior que a realidade. Com um pouquinho de tempo e treinamento, o cão se adapta à cegueira e passa a ter uma vida, praticamente, normal. Pena não poder usar os conceitos de lateralidade com Bubú. A seguir, algumas dicas que podem ajudar quem convive com um cãozinho cego: - Conversar bastante com ele. O som vai ajudá-lo a se orientar no espaço e a se sentir seguro sabendo que o dono está por perto. Também evitará que o bichinho se assuste ao ser surpreendido (por exemplo, quando encostamos nele do nada) e ataque para se defender. - Não mexer no mobiliário com frequência, evitando trocar os móveis de lugar - os móveis se tornam obstáculos para o cão. - Deixar água e comida sempre nos mesmos locais. - Caso tenha outros cães, colocar um guizo nas coleiras dos mesmos para que o cão cego saiba que estão se aproximando. No meu caso, minhas cachorrinhas usam uma plaquinha de metal, que comprei numa feira lá em Santiago, que acaba funcionando como guizos. - Os guizos (semelhantes aos utilizados em gatos) podem ser colocados, se necessário, nos sapatos dos moradores da casa. - Ficar atento às escadas/degraus até o cão se adaptar e conseguir utilizá-los de forma independente. - Alguns veterinários recomendam colocar uma identificação de cão cego (por exemplo, um cachecol escrito "cão cego") quando o animal for passear em locais públicos, tais como parques e praças. - Existem óculos especiais para proteção dos olhos caninos. Esses óculos são utilizados também por cães videntes que costumam acompanhar seus donos em caminhadas pelas montanhas, neve e areia. Esses óculos lembram os utilizados na natação. - Certa vez, li uma matéria na qual o dono de um cão cego desenvolveu uma espécie de capacete com uma vara na ponta. O recurso era semelhante à bengala utilizada pelos cegos, permitindo que os obstáculos fossem encontrados antes que o cego trombasse neles. Muito interessante o invento. - Também me encantei com uma matéria que bombou nas redes sociais, meses atrás, onde um cão se transformou em cão guia do seu amigo peludo que estava cego. Fofo demais a cumplicidade e carinho da dupla. Enfim, a deficiência não é nenhum bicho de sete cabeças, seja nos humanos ou nos animais. Com boa vontade, paciência e persistência, damos um jeito em quase tudo e conseguimos a tão sonhada independência. Viver é uma dádiva e sempre encontramos formas alternativas para garantir nossa qualidade de vida e a daqueles que amamos. Isso inclui, é claro, nos amados peludos de quatro patas. ¤  fonte rede  saci

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