sexta-feira, 25 de julho de 2014

Projeto treina cães-guia para doação a deficiente visual em Taubaté, SP

Segundo dados do IBGE, cidade tem quase mil deficientes visuais. Processo de treinamento com cão-guia dura cerca de dois anos. O deficiente visual que pensa comprar um cão-guia não tem muitas opções na região. Para conseguir um, é preciso encomendar de outro Estado ou até mesmo do exterior e desembolsar em média R$ 30 mil. Pensando nisso, a Associação de Deficientes Visuais em Taubaté está treinando cães-guias para adoção. O trabalho acontece em parceria com adestradores voluntários e dois cães estão sendo treinados. Eles foram doados ainda filhotes por um canil de São Paulo e há quatro meses estão sendo preparados. Segundo dados do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, na cidade existem cerca de 931 deficientes visuais que não enxergam de maneira nenhuma, 6.950 que possuem grande dificuldade e 44.528 com alguma dificuldade visual. De acordo Luiz Antônio Pedrosa, da associação, esse trabalho começou há um mês. "A gente faz o treinamento com uma equipe de adestramento e as pessoas se cadastram. Após uma avaliação psicossocial esses cães são entregues, ou não, para essas pessoas. A pessoa precisa ter condições emocionais de estar com esse cão e condições financeiras para a manutenção desse animal, ele vai precisar de tosa, vacina e ração", afirmou. Treinamento Segundo a associação, não é qualquer cachorro que pode se tornar um cão-guia. O treinamento começa antes mesmo do filhote nascer, apenas determinadas linhagens sanguíneas e raças podem ser escolhidas para o adestramento. Geralmente, o cão mais utilizado é o da raça Golden Retriever. Essa seleção é uma garantia que o tempo de adestramento não seja desperdiçado. "Caso houver um buraco, parelelepípedo, o cão precisa saber desviar. Por isso ensinamos ele a desobecer a ordem do deficiente, fazer o auto e parar, puxar ele para o canto ou algo nesse sentido", disse o adestrador Everton William. De acordo com ele, todo o processo de treinamento dura cerca de dois anos. O cachorro pode exercer essa função, em média, até os oito anos, quando se aposenta. Na maioria dos casos é dado em definitivo ao deficiente visual por conta dos laços desenvolvidos nesses anos de companheirismo. Adaptação Até o momento nove deficientes visuais já se inscreveram para receber um desses cachorros. Eles irão passar por um rastreamento realizado pela prefeitura, para identificar quais deficientes têm melhores condições psicossociais para receber a doação. E só então começa a etapa de adaptação entre o deficiente visual e o cão-guia. Mikaela Marinho da Silva é uma das inscritas e sonha em poder ter o cão-guia como um companheiro. "Gosto muito de cachorro e ele auxilia bastante na locomoção. Por exemplo, tem alguns obstáculos altos que a bengala não protege e o cão-guia desvia. Sempre tive vontade, mas o custo é muito alto", disse a estudante de 22 anos. Mikaela nasceu com deficiência visual por conta da rubéola que a mãe teve durante a gravidez. Os interessados em receber um desses cães ainda podem se inscrever diretamente na Associação, que fica localizada dentro da Rodoviária Nova de Taubaté. fonte:g1

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