quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Escola de Gente abre inscrições para projeto "Agentes de Promoção da Acessibilidade" em comunidades pacificadas

Projeto em parceria com o Oi Futuro promove oficinas de mídias acessíveis com aulas de Libras e Audiodescrição para a formação de jovens com e sem deficiência. Inscrições vão até o dia 20 de outubro. da Redação A Escola de Gente – Comunicação em Inclusão está abrindo novas turmas do projeto “Agentes de Promoção da Acessibilidade”. Com apoio do Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, por meio do programa Oi Novos Brasis, o projeto é uma parceria com a Rede de Adolescentes Promotores da Saúde, iniciativa conjunta da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro e do Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), com o Instituto Pereira Passos (IPP) e com a Associação Nacional de Procuradores da República. Com este projeto, a Escola de Gente atuará novamente em favelas do Rio de Janeiro, realizando oficinas de mídias acessíveis para a formação de jovens, com e sem deficiência, com idades entre 14 e 29 anos. O projeto começa com duas turmas – uma de Libras (língua brasileira de sinais), no Educap, no Complexo do Alemão (Rua Canitar s/nº - em frente à Praça do Sargento) e outra de Audiodescrição, na Semente da Vida, na Cidade de Deus (Rua Israel, casa 129). As aulas de libras acontecem às sextas-feiras e as de audiodescrição todas as quartas-feiras. Serão três meses de aulas, com três horas de duração. Há 40 vagas disponíveis. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de outubro pelo telefone 2483-1780. Fundadora da Escola de Gente e pioneira na disseminação do conceito de sociedade inclusiva, Claudia Werneck explica que, através dessa iniciativa, estes grupos terão acesso a conteúdos e práticas que os colocarão em contato com as diversas formas de comunicação acessível. Segundo ela, as oficinas serão lideradas por especialistas em acessibilidade no Brasil, incluindo integrantes da equipe técnica da Escola de Gente, e apresentarão conteúdos inéditos para a maioria destes jovens, como audiodescrição, língua de sinais brasileira, braile, legendas eletrônicas, entre outros. “Nosso objetivo é que eles possam disseminar esses conteúdos em todas as suas ações da vida cotidiana”, conta a fundadora. “E que possam produzir, com acessibilidade, produtos como livros, vídeos, espetáculos teatrais e até mesmo programas de rádio, descobrindo como não discriminar determinadas condições humanas, o que naturalmente fortalece as redes de juventude das comunidades, fomentando uma mentalidade inclusiva e cidadã”, explica. O projeto reúne metodologias premiadas da Escola de Gente, como as Oficinas Inclusivas e as oficinas de teatro. A formação será finalizada com a produção de uma cartilha acessível, elaborada pelos próprios participantes e pela equipe da Escola de Gente. Tudo será documentado, de forma a garantir que jovens com deficiência participem de todo o processo e tenham seus direitos à comunicação garantidos. Segundo dados do Censo Demográfico/2000 do IBGE, o Brasil tem atualmente a maior geração de jovens de sua história. São 48 milhões de brasileiros(as) com idade entre 15 e 29 anos, sendo mais de 6 milhões com pelo menos uma deficiência (14,7% do total de jovens). De acordo com a Organização das Nações Unidas, 82% das pessoas com deficiência no mundo vivem abaixo da linha da pobreza, sendo grande parte na faixa da infância e juventude. Dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento revelam, ainda, que, em relação ao recorte étnico/racial no Brasil, as populações negras e indígenas são as que apresentam o maior percentual de pessoas com deficiência dentro do total geral da população, respectivamente 18% e 17%. “Com o cruzamento de raça/etnia, pobreza e deficiência, percebemos que esta população é ainda mais discriminada porque é a soma de vários estereótipos. Para reverter este quadro é preciso investimento em formação em acessibilidade na comunicação, pois é onde ocorre a maioria dos processos de discriminação”, ressalta Claudia Werneck. O projeto “Agentes de Promoção da Acessibilidade” integra o Programa Juventude pela Inclusão – JUV.IN – da Escola de Gente. Dedicada a criar e monitorar políticas públicas inclusivas para pessoas com deficiência, a organização vem trabalhando com ações de impacto nas áreas de cultura, comunicação, políticas públicas para a juventude e criação de indicadores de acessibilidade para sustentabilidade. Escola de Gente - Comunicação em Inclusão - Na última década, a Escola de Gente trabalha para que as políticas públicas se tornem inclusivas, ou seja, que garantam direitos humanos também para quem tem deficiência e vive na pobreza, especialmente crianças, adolescentes e jovens. A participação em conselhos, produção e disseminação de marcos teóricos e metodologias próprias, formação de juventudes em mídias acessíveis em universidades, comunidades e favelas, criação de indicadores, consultorias e distintas ações na área da cultura são papéis desempenhados pela Escola de Gente. Desde 2002, a organização já sensibilizou diretamente para a causa da inclusão mais de 400 mil pessoas em todas as regiões do Brasil e em 15 países das Américas, Europa, Oceania e África para a causa da inclusão. Integrante do Conselho Nacional de Juventude, do Conselho Estadual de Juventude e da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, entre outras redes. No ano de 2011, recebeu o Prêmio Direitos Humanos na categoria: “Direitos de Pessoas com Deficiência” da presidente Dilma Roussef, a mais alta condecoração que o Estado brasileiro pode oferecer a uma organização da sociedade civil na área dos Direitos Humanos. Sobre o Oi Futuro - O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem. Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e apreços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando o compromisso do Instituto no campo da sustentabilidade, com o apoio e o desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano. ¤ fonte rede saci

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