sábado, 22 de junho de 2013

Ballet para Cegos Fernanda Bianchini apresenta-se no Ibirapuera, com audiodescrição

A Associação de Ballet para Cegos Fernanda Bianchini, única companhia profissional de ballet para cegos do mundo, apresenta o espetáculo "Olhando para Estrelas", no Ibirapuera, no dia 27/06, quinta-feira, às 20h. Ballet A Bela Adormecida Os ingressos estão à venda na bilheteria do local, por telefone e também pelo site www.ingresso.com e custam R$ 20. Estudantes pagam meia. "Olhando para Estrelas" será apresentado por cerca de 50 bailarinos em 1h30. Serão duas partes: um ballet em três atos de "A Bela Adormecida" e um divertissiment - números variados de diferentes estilos de dança, inclusive uma performance de ballet apresentada nas Paralimpíadas de Londres 2012. O espetáculo recebeu este nome em homenagem a um documentário que está sendo feito com os bailarinos da associação e que será finalizado no dia da apresentação. Inclusão e acessibilidade. Estas são as palavras que diferenciam o ballet. A começar pelos bailarinos: a maioria deficientes visuais, com outros tipos de deficiências ou sem deficiência alguma. Para poder receber de forma adequada os deficientes visuais que irão prestigiar a dança, haverá audiodescrição: tradução em palavras de toda imagem necessária à compreensão do conteúdo audiovisual pelas pessoas que estejam definitiva ou temporariamente impossibilitadas de ver. Cia. de Ballet para Cegos Fernanda Bianchini A Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini, única companhia profissional de ballet para cegos do mundo, existe há 18 anos. Tem como objetivo principal a integração social de deficientes visuais, de baixa renda, através da dança, principalmente do Ballet Clássico. A entidade é mantida pelo belo trabalho voluntário realizado pela fisioterapeuta Fernanda Bianchini cujo lema é: aprender a ver a dança com o coração. "É um método pioneiro que permite ao deficiente visual aprender dançar ballet de forma graciosa como qualquer outro bailarino. O aprendizado se inicia no toque, o passo é ensinado a cada aluno pelo contato", explica Fernanda. A maioria dos bailarinos tem deficiência visual e uma pequena porcentagem com outros tipos de deficiências. Outros poucos bailarinos estão na "inclusão às avessas", no qual pessoas com nenhuma deficiência participam e interagem. Cerca de 60 bailarinos portadores de deficiência visual são atendidos e mais de 300 bailarinos formados. Nestes anos ganhou reconhecimento nacional e internacional. Por enquanto, são mais de 100 prêmios em competições e festivais e duas apresentações no exterior. A recente atuação foi no encerramento das paralimpíadas de Londres. Além da magnitude do projeto, o que chama atenção é o fato da associação ter professores também deficientes visuais. "É uma prova de que não há limites para quem se dedica e acredita", afirma Fernanda Bianchini. "É maravilhoso ver a alegria de nossos bailarinos em sentirem que podem fazer algo único e especial, superando todos os limites que a sociedade normalmente impõe aos deficientes", completa. A Cia. sobrevive das apresentações e arrecadação de recursos junto às empresas e parceiros. Serviço: Olhando para estrelas Data: 27 de junho de 2013. Horário: às 20h. Local: Auditório do Ibirapuera. End.: Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº - Ibirapuera - zona Sul. Fonte: Revista Paulista

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