terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

história da embaixadores da alegria

Nossa crença

É preciso dar às pessoas com deficiência mecanismos para que elas próprias possam expressar seus direitos e suas capacidades. Elas não querem ser vistas

como “coitadinhas”.

Organização Social

Somos uma Organização Social sem fins lucrativos fundada em 2006 pelos sócios-fundadores Paul Davies, Caio Leitão e Felipe Nogueira. Nasceu após uma grave

crise na coluna do inglês, Paul Davies, radicado no Rio de Janeiro há aproximadamente 20 anos, amante do samba e da cultura carioca. Ele ficou impossibilitado

de desfilar e refletiu, a partir do seu sofrimento momentâneo, como seria para aqueles que não tinham condições nenhuma de desfrutar o Carnaval por estarem,

perpetuamente, impossibilitados. Foi aí que surgiu a ideia de fazer uma Escola de Samba para as pessoas com qualquer tipo de deficiência e não apenas uma

ala como já havia em algumas agremiações do Grupo Especial.

Com 4 anos consecutivos de desfiles, os Embaixadores da Alegria mostram que estão apenas no começo da sua história. Em 2008, a primeira vez que a escola

fez um desfile, eram 700 componentes vestidos com camisetas e calças brancas e equipados com sorrisos e muita felicidade ao atravessar os 45 minutos na

Avenida do samba. Depois de 3 desfiles inesquecíveis e 4 anos de muita luta e parcerias imprescindíveis, subimos os números para 1800 componentes, diversas

alas, carros alegóricos, comissão de frente, rainha de bateria e ainda contamos com a oportunidade de abrir o desfile das Campeãs do Grupo Especial. Com

o apoio de instituições, dos integrantes da escola e de uma equipe especializada no assunto inclusão, os Embaixadores da Alegria mostram que ainda está

só começando seu desfile.

Diante de muitos obstáculos e incertezas, em 2007, a ideia saiu do papel para se tornar realidade. A Embaixadores da Alegria ganhou musculatura, se fortaleceu

e criou novas metas de realização através de uma gestão séria, inovadora e profissional. Uma delas, logo de cara, foi a realização da apresentação aos

Para-atletas dentro da dentro da Vila do PAN 2007 no Rio de Janeiro. Foram 2 horas de show, com direito a passistas e participação de atletas de todas

as nacionalidades que estavam na competição.

Em 2008, a Escola conseguiu entrar na Avenida com cerca de 700 componentes, com e sem deficiência, de apenas 3 instituições (Mundial, CEMPES e Prefeitura).

Com recursos próprios, a Escola desfilou sem fantasias tradicionais de carnaval – seus foliões desfilaram com calças e camisetas brancas. A harmonia e

alegria não desafinaram com o samba-enredo criado por Toninho Nascimento, compositor queridíssimo de Clara Nunes, Gaúcho e Bimbo Bassini. A bateria da

alegria foi comandada pelo o Bloco Me Esquece, liderado por Gustavo Delorme, Dudu Leite e Eduardo. Os quarenta e cinco minutos de desfile não foram suficientes

para tanta alegria das pessoas com deficiência e logo que acabou aquela épica apresentação, os foliões extasiados solicitaram mais um desfile.

Em 2009, a Embaixadores da Alegria entrou com o desafio de realizar um espetáculo dão bom quanto o anterior. O ritmo não diminui e mais componentes, de

6 diferentes instituições (Secretaria da Pessoa com Deficiência, Mundial, LIONS Club, Anjos Sem Visão, Novo Ser, ANDEF), desfilaram na Marquês de Sapucaí,

antes do Grupo de Acesso das Escolas de Samba. Cerca de 1300 componentes entraram na Avenida com camisetas e calças brancas ao samba-enredo de Valdir Lopes,

compositor com deficiência visual, ganhador da primeira disputa de samba da Escola.

O enredo contava uma linda lenda Amazônica chamada Cuidando de Naiá, que celebrava um amor impossível de uma índia e a lua, assim como a preocupação de

uma jovem índia, pela preservação da poderosa floresta. Ela, cansada de esperar, se mata no Rio depois de ver o reflexo do seu amor no espelho d` água.

Com a sua morte, Naiá, se torna, então, uma vitória régia; uma das espécies-simbolo de preservação dos rios da Amazônia.

Em 2010, a primeira Escola de Samba do mundo para pessoas com deficiência começou ampliar a sua alegria. Ao longo do ano, foram criadas cerca de 10 oficinas

de Carnaval em parceria com Eletrobras Furnas para pessoas com e sem deficiência, utilizando o método de inclusão emocional elaborado por especialistas

e profissionais da Escola. Este método consiste na participação efetiva dos pais e/ou responsáveis em todas as atividades socioculturais da Embaixadores.
As
oficinas são um grande ponto de relacionamento ao longo do ano, já que temos apenas o Carnaval como encontro e expressão dessas pessoas.

Já com uma equipe mais profissional e qualificada, com artistas plásticos da Pimpolhos da Grande Rio, parceria da G.R.E.S Acadêmicos da Grande Rio, Prefeitura

do Rio de Janeiro, Secretaria da Pessoa com Deficiência, RIOTUR, MAN LATINA AMERICA e LIESA, a Escola pôde fazer um Carnaval de maior qualidade em relação

aos dois últimos anos. Isso não só pela massa crítica dos apoiadores, mas também pela oportunidade concebida de desfilar no dia das Campeãs do Grupo Especial

com casa lotada.

O público pôde presenciar a energia e alegria de uma Escola diferente, com pessoas de todas as classes, raças, idades, gêneros e todos os tipos de deficiências

sambando com enredo “Ha-ha, hi-hi. Sou embaixador e quero ver você sorrir”, que falou sobre o sorriso e sua importância no dia-a-dia. Um sorriso pode desarmar,

pode ser uma terapia, pode fazer bem à saúde. E a saúde não faltou no desfile, pois os dentistas foram representados na comissão de frente da Escola, antes

do primeiro carro alegórico.

Ele carro alegórico foi elaborado sob medida com um chassi da Volkswagen Caminhões, com aproximadamente 15 metros de comprimento, 7 metros de largura e

5 metros de altura totalmente acessível, com uma rampa de 8 metros de extensão. O desfile foi composto por mais de 10 Instituições (CIAD, Instituto Benjamin

Constant, Casa Ronald MC Donalds, Mundial, CENPES/Petrobras, Pestalozzi, Anjos Sem Visão, ANDEF, LIONS CLUB, Associação de Nanismo do Rio de Janeiro, URECE,

NOVO SER, TV GLOBO), de pessoas com deficiência, 1700 pessoas, 30 profissionais especializados na Harmonia Especial (psicomotricistas, fisioterapeutas,

professores de educação física adaptada e pedagogos), 30 profissionais experientes na Harmonia de Carnaval e fantasias gratuitas em quase todas as alas.


Em 2011, o quarto ano consecutivo do maior espetáculo da Terra, a Embaixadores da Alegria levou brilho, luz e cores para as arquibancadas cinzas da Sapucaí

. Com o enredo ”O sol é luz, luz é vida, Embaixadores ilumina a Avenida”, os embaixadores homenagearam o astro-rei, que nasce para todos e traz vida, saúde

e alegria. Da adoração dos povos Incas e Maias até o cenário crítico em que vivemos de aquecimento global, o Sol brilhou na avenida.

A abertura do desfile das campeãs, contou com cerca de 1.800 componentes, fantasias gratuitas em todas as alas, mais de 15 Instituições participantes,

dois carros alegóricos com elementos sensoriais e acessibilidade para os foliões. Desta forma, foi alcançada uma identificação ímpar com a Escola. O
corpo técnico, formado por mais de 50 especialistas em deficiência (psicomotricistas, fisioterapeutas, professores de educação física adaptada, pedagogos

e terapeutas) deu show de cidadania, companheirismo e sensibilidade na evolução do desfile.

Mesmo entrando na Avenida sem ser julgada – pelos jurados – a Escola não parou de inovar, de se reinventar e trouxe, no ano em que uma mulher assumiu a

Presidência da República, a bateria Fina Batucada da Alegria, composta por 200 mulheres - sendo a maioria do projeto Fina Batucada, criado pelo mestre

Riko em 1998.

Outras inovações foram a entrada do segundo carro alegórico e à frente da bateria, o Trio Iluminado, representando a luz interior da bondade, espiritualidade,

simplicidade e amor). Este era composto pela primeira rainha com Síndrome de Down do mundo, Fernanda Honorato; a primeira princesa com Down, Juju Viegas;

e o padrinho, David Brazil, que deu um show à parte com sua simpatia e irreverência.
fonte embaixadores da alegria

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