sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Após cinco anos em reforma, Biblioteca Estadual reabre com projeto de acessibilidade

A Biblioteca Estadual do Amazonas foi reaberta modernizada e com ferramentas de acessibilidade, como sinalizações com leitura em braille e desenho em libras.


Luana Carvalho

A Biblioteca Pública do Amazonas, localizada na Rua Barroso, Centro, foi reaberta na manhã desta quinta-feira (31), após cinco anos com as portas fechadas.

A acessibilidade para deficientes físicos, auditivos e visuais é uma das novidades do espaço após a restauração.

Além disso, uma máquina de vender livros foi instalada na biblioteca oferecendo exemplares com preços acessíveis, que variam entre R$ 15 e R$ 25.

De acordo com a subsecretária de Estado de Cultura, Elizabeth Cantanhede, o espaço foi reaberto desde às 8h, sem cerimônia de reinauguração. “O governador

prometeu que entregaria a biblioteca neste mês de janeiro, e estamos realizando essa abertura dentro do prazo”.

Todo o prédio está sinalizado com demarcadores para portadores de necessidades visuais. As sinalizações podem ser lidas em Braille, e desenho em Libras,

além de um mapa tátil disponibilizado nos dois andares.

Uma máquina de virar as páginas, para quem tem dificuldades de locomoção, também foi instalada, além de um ‘scanner de voz’, que digitaliza e traduz o

livro em áudio.

O diretor da biblioteca, Sharles Costa, informou que o espaço está com um acervo total de 345 volumes entre livros, revistas e jornais. As salas oferecem

wi-fi gratuito e 39 computadores para pesquisas na internet.

No térreo, o leitor realiza o cadastro e recebe um cartão de freqüentador. Neste ambiente, o visitante pode conhecer o Salão Genesino Braga, onde se encontram

as cabines para consulta individual, obras raras, especiais e amazonianas.

Já no primeiro andar, encontra-se o Salão Maria Luiza de Magalhães, onde o leitor pode viajar com livros da literatura geral. Para as crianças, foi criado

uma Gibiteca. Já para os interessados na literatura luso brasileira, a biblioteca disponibilizou um espaço com livros doados pela Universidade do Porto.


Frequentadores
A administradora Regina Celis, 58, é uma antiga freqüentadora e foi uma das primeiras visitantes após a reinauguração da biblioteca. Ela contou que sofreu

bastante enquanto o espaço esteve fechado. “Eu tinha o hábito de visitar a biblioteca desde os tempos da escola, e quando fechou, foi um baque muito grande.

Custou muito para a conclusão das obras, pensávamos que não ia ficar pronta, mas enfim foi reaberta para o público”.

Ela disse, ainda, que adorou a nova decoração. “Os livros, que são a essência, não mudaram, mas a informatização, que antes não existia. A decoração foi

uma novidade muito boa para nós, estou muito feliz”, comentou.

Antiga e nova geração
A aposentada Marlete Holanda, 66, estava passando em frente a biblioteca com o neto, o estudante Andrew Lucas, 13, e ficou surpresa ao ver o espaço aberto.

Ela, que freqüentou o local desde 1966, disse emocionada, que a sensação é indescritível. “Fiquei muito feliz ao poder entrar na biblioteca novamente,

e aproveitei para mostrar para meu neto, que gosta muito de ler e está entrando aqui pela primeira vez”, contou.

O estudante afirmou que irá visitar o local outras vezes. “Mesmo com a internet, gosto muito de livros e dessa forma clássica de se obter informação. Já

peguei minha carteirinha e com certeza virei aqui mais vezes”.

Funcionários
Bibliotecária há 31 anos, Glória Costa contou que está se sentindo ‘realizada’ mais uma vez. “Passei grande parte da minha vida neste lugar, e é muito

gratificante poder voltar e contribuir para a leitura do público”. Ela ressaltou ter lido pelo menos um livro por mês durantes todos esses anos em que

trabalha no espaço. “Como fico na parte de obras raras, tenho mais contato com pesquisadores, mas adoro atender o público em geral. Aqui na minha seção,

existem livros até do ano de 1700”, contou.

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 fonte rede saci

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