terça-feira, 27 de novembro de 2012

Morar Mais por Menos integra acessibilidade à arquitetura !

Além de rampas de acesso, ambientes trazem piso autonivelante, sistema de áudio exclusivo para deficientes visuais, escrita em braille, barras de apoio

e outras soluções que auxiliam na mobilidade com segurança e conforto estético.
Atenta à questão da mobilidade, a mostra Morar Mais por Menos 2012, que acontece pela primeira vez em Campo Grande, visa incluir, dentre todos os seus
conceitos,
a acessibilidade. Preocupada em oferecer conforto e facilidade para a locomoção nos 55 ambientes, logo na entrada da casa encontra-se disponível uma plataforma

para transportar o cadeirante e seu acompanhante até o nível da entrada da casa.

Nos 5.350 m² de área que contempla as duas casas, rampas de
acesso
foram construídas e corrimãos foram instalados. Nos locais onde, por questões técnicas, não foram possíveis projetar rampa nem elevador, encontram-se disponíveis

duas pessoas para realizar o transporte até o andar superior da casa.

Durante o período de obras, os profissionais contaram com a consultoria da Sociedade em Prol da Acessibilidade, Mobilidade Urbana e
Qualidade
de Vida de Mato Grosso do Sul – SPA/MS para idealizarem ambientes coerentes com as normas de acessibilidade.

Banheiro Funcional

Projetado pelos arquitetos e urbanistas Mayara Cunha, Jéssica Bellincanta, Angela Gil Lins, Henrique Otto e Quezia Tosta, integrantes voluntárias da Sociedade

em Prol da Acessibilidade, Mobilidade Urbana e Qualidade de Vida de Mato Grosso do Sul – SPA/MS, o Banheiro Funcional atende às especificações da Norma

Brasileira (NBR9050), que estabelece os critérios a serem observados em projetos de edificações. Todos os espaços, edificações, mobiliários e equipamentos

urbanos devem atender ao disposto desta norma. Todo o conceito do ambiente é embasado na acessibilidade, de forma a chamar atenção da sociedade para as

edificações que ainda não garantiram em seus projetos a inclusão social.

Ao visitar o espaço é possível notar que não há portas na entrada e a placa de identificação – homem/mulher - está rebaixada, possui cor diferenciada da

parede onde está sinalizada e carrega a escrita em braille. "A identificação do banheiro foi colocada conforme as Normas
Brasileiras.
A cor tem que ser destacada para facilitar a leitura. A escrita em braille atende às necessidades de um deficiente visual", explica Ângela Gil Lins, coordenadora

técnica da SPA/MS.

A porta do banheiro preferencial ao cadeirante abre para o lado de fora e as barras de ferro na porta, nas laterais e em volta da pia, facilitam sua aproximação.

O vaso sanitário e o lavatório individual, que ficam no mesmo espaço, são mais baixos do que os habituais. "A pia no mesmo ambiente do vaso sanitário
é obrigatória em banheiros públicos", explica a arquiteta.

Palavras positivas decoram as paredes dos banheiros masculino e feminino e visam chamar a atenção da
população.
"Todos somos iguais na diferença. Ser diferente é normal", ressalta.

Cozinha dos Pequenos Prazeres

Outra profissional preocupada em apresentar um espaço prático ao cadeirante é a arquiteta Regina Verardi, idealizadora da Cozinha dos Pequenos Prazeres.

No local, a pia, o armário, o microondas, a geladeira e a máquina de lavar louça estão colocadas a uma altura ideal ao manuseio do deficiente físico. A

mesa sem obstáculos embaixo também foi projetada visando a facilidade ao acesso.

O piso autonivelante foi outra técnica usada na cozinha, o qual a profissional utiliza uma tinta específica para equiparar o local e facilitar trajeto
da
cadeira sem oferecer risco de derrapagem.

Varanda Campo Grande

A Varanda Campo Grande, assinada pelas profissionais Angela Gil Lins e Joisy Nicolatti, possui um sistema de áudio descrição ainda pouco conhecido no Brasil,

exclusivo para deficientes visuais. O aparelho é muito usado em museus, galerias de arte, feiras e mostras. Na Capital apenas o Instituto dos Cegos possui

a tecnologia.

O sistema consiste em descrever detalhadamente cada passo que a pessoa dá. Com um fone de ouvido, conforme ele vai andando pelo ambiente vai escutando
a
descrição rica em detalhes, podendo tocar e sentir, do começo até o final, um pouco mais do espaço.

"Em nosso ambiente procuramos trabalhar todos os conceitos da mostra e incluir mais um, o da acessibilidade. Na Varanda Campo Grande não há desnível no

chão para o cadeirante poder transitar com mais facilidade. A altura da mesa da cozinha segue as normas da acessibilidade", esclarece Angela.

Serviço

A Mostra acontece de 18 de outubro a 02 de dezembro, na Rua da Paz, n° 342. O valor da entrada na bilheteria do evento é de R$ 20 inteira e R$ 10 meia.

Os ingressos também podem ser comprados no Shopping Campo Grande com desconto, pelo valor de R$ 17. A casa funciona de terça a domingo, das 16h às 22h.
fonte campo grande de noticias

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