terça-feira, 17 de julho de 2012

AUDIO DESCRIÇAO!

A Audiodescrição, técnica que transforma o visual em verbal, é o caminho para o acesso de pessoas com deficiência visual à cultura e à informação e, portanto,

um importante instrumento para a inclusão social e profissional desse público. Pensando nisso, a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual

(Laramara), instituição especializada em deficiência visual, defende a ampliação desse recurso no Brasil e oferece cursos introdutórios aos interessados.


Desde 2008, foram feitas quatro edições do Curso Introdutório à Audiodescrição, com o objetivo de disseminar o conceito para diferentes públicos. E a Laramara

vem negociando com escolas técnicas e profissionalizantes a possibilidade de realização do curso, para ampliar as oportunidades para os profissionais da

área de comunicação, bem como a ampliação do uso do recurso nas empresas, entidades e prestadores de serviço que fazem questão de garantir acessibilidade

e inclusão.

"Todos, inclusive idosos e disléxicos, podem ser beneficiados quando a tradução das imagens em palavras seguir regras básicas, sem inferências, interpretações

ou explicações. Talvez este seja o maior cuidado que se deve ter no uso deste importante instrumento para as pessoas com deficiência visual, pois a audiodescrição

exige estudo, aprofundamento e técnicas sistematizadas de acordo com a manifestação artística, e por isso é reconhecida como um trabalho profissional",

explica Rosângela Ribeiro Mucci Barqueiro - coordenadora de relações institucionais da Laramara, psicóloga, audiodescritora e consultora em Inclusão.

Segundo Rosângela, "com a inclusão nas escolas, a tendência é que haverá um avanço maior e mais rápido do uso deste importante instrumento, e só com ele

será possível atender às exigências de acessibilidade à informação para as pessoas com deficiência visual".

Criada na década de 1970 pelo americano Gregory Frazier em sua dissertação de mestrado sobre cinema para cegos, e apresentada à Universidade de São Francisco,

a audiodescrição foi efetivamente implementada somente em 1981 pelo casal Margaret Rockwell e Cody Pfanstiehl, como forma de ampliar o entendimento das

pessoas com deficiência visual em qualquer evento em que haja imagens, sejam elas estáticas ou em movimento, concretas ou abstratas.

Como funciona
A audiodescrição pode ser feita ao vivo ou gravada. Ou seja, pode ser narrada no mesmo momento da ação, porém, seguindo um roteiro prévio. É o caso de

uma peça de teatro, que, por acontecer eventuais improvisos, não deve ser gravada. Em teatro e cinema, por exemplo, o equipamento usado é o mesmo da tradução

simultânea. Os audiodescritores ficam em cabines narrando em microfones e o som é transmitido para os usuários por meio de equipamentos radiofônicos sintonizados

numa determinada frequência, através dos fones de ouvido.

Já em auditórios, salas de aula, eventos mais específicos e com poucos recursos financeiros, utiliza-se um aparelho de transmissão de FM, cuja audiodescrição

é recebida em rádios comuns de FM sintonizados no melhor canal de transmissão local e com os fones de ouvido. Aliás, explica a Laramara, este é o mais

recomendado, pois, além de eficiente, a própria pessoa com deficiência participa com seu rádio e seus fones, tendo domínio total do volume e sintonia,

além de ser mais confortável, pois seus fones são de uso exclusivo.

Especial para Terra
fonte terra diversidade

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