quarta-feira, 16 de maio de 2012

Brasil, terra de piratas Desde os primeiros tempos da colonização, a costa brasileira foi infestada por piratas: aventureiros que vinham saquear as cidades em busca de pau-brasil, pimenta, algodão, raízes e escravos indígenas. Mas foram dois corsários – marinheiros patrocinados pela Coroa de seus países – que fizeram história por aqui: o inglês Thomas Cavendish e o francês René Duguay-Trouin. Cavendish chegou a Santos com três navios e despejou na praia bandos de homens armados e com um objetivo: destruir tudo e matar a todos que encontrassem pelo caminho. O ataque tão ofensivo não seria necessário se Cavendish soubesse que, no Brasil, o calendário da reforma gregoriana já havia sido adotado. Por aqui, era noite de Natal e quase toda a população se encontrava na igreja, rezando. Para os ingleses, ainda era dia 15 de dezembro. O descompasso nas datas facilitou a ação dos invasores. Thomas Cavendish ficou por aqui durante dois meses, roubando, saqueando e destruindo tudo o que via pela frente, de Santos a São Vicente. No dia 12 de setembro de 1711, foi a vez do Rio de Janeiro. Dezoito navios da esquadra de René Duguay foram encobertos por uma neblina espessa e fizeram uma entrada triunfal no porto da cidade. Duguay não precisou tomar medidas agressivas. Moradores e autoridades preferiram colaborar com as exigências do capitão a perder suas vidas. Duguay permaneceu no Rio de Janeiro por 61 dias, até que o resgate – em ouro, açúcar e gado – fosse pago.

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