quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Libras (Língua Brasileira de Sinais) é uma língua natural usada pela maioria dos surdos do Brasil. Diferente de todos os idiomas já conhecidos, que são orais e auditivos, a libras é visual-gestual, é uma língua pronunciada pelo corpo. A história da libras No período de 1500 a 1855, já existiam muitos surdos no país. Nessa época, a educação era precária. Em 1855, ocorreu a vinda ao Brasil de um professor francês surdo, chamado Hurt, e, em 1887, foi fundado o primeiro Instituto Nacional de Surdos Mudos no Rio de Janeiro. No período de 1970 a 1992, os surdos se fortalecerem e reividicaram os seus direitos. Desde aquela época, as escolas tradicionais existentes no método oral mudaram de filosofia e, até hoje, boa parte delas vêm adotando a comunicação total. Em 2002, foi promulgada uma lei que reconhecia a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas no Brasil. Em 2005, foi promulgado um decreto que tornou obrigatória a inserção da disciplina nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio (curso Normal) e superior (Pedagogia, Educação Especial, Fonoaudiologia e Letras). Desde então, as instituições de ensino vêem procurando se adequar a essa lei. Por que estudar a língua de sinais? Muitas tentativas educacionais foram feitas com o objetivo de educar crianças surdas e, por muito tempo, a surdez foi apontada como a causa do fracasso escolar. A surdez dificulta a comunicação colocando o surdo em desvantagem, pois vivemos num mundo dominado pela língua oral composta por vocábulos e gramática que são desconhecidos pelo surdo. Portanto, os surdos são portadores de necessidades especiais. Educadores e pesquisadores em todo o mundo têm um objetivo em comum, o de propor aos surdos uma melhor condição de vida social e, por isso, surgiram várias filosofias educacionais. Todo indivíduo é capaz de desenvolver o aprendizado, então, quando é exposto a uma língua, começa o processo de aprendizado com uma cadeia de significados que é a base para o desenvolvimento da escrita. O surdo é privado dessa exposição pela falta de audição e, por causa disso, o processo de desenvolvimento fica em desvantagem. Sua capacidade de aprender é interrompida bem na linha de partida. A língua de sinais facilita a comunicação e melhora a interação entre ouvinte e surdo. Ao educador especial que tem um aluno surdo na sala de aula, a língua de sinais será de fundamental ajuda para a transmissão do conteúdo programático das matérias. Como atender a um aluno surdo na sala de aula? O professor deve: - Aceitar o aluno surdo como os demais alunos; - Ajudar o aluno a raciocinar, não lhe dar soluçães prontas; - Não superproteger; - Não ficar de costas para o aluno, nem de lado, quando estiver falando; - Preparar os colegas para recebê-lo; - Dirigir-se ao surdo em língua de sinais; se não for possível, utilizar frase curtas, bem pronunciadas num tom normal, sem exageros; - Ao chamar atenção do aluno, utilizar gestos convencionais; - Colocar o aluno surdo nas primeiras carteiras, longe de janelas e portas, para não se distrair; - Utilizar todos os recursos que facilitem sua compreensão (dramatização, mímicas e materiais visuais); - Se utilizar vídeos, certificar se são legendados; - Fazer resumos do conteúdo das aulas no quadro negro e depois repassá-los em língua de sinais; - Incluir a família no processo educativo; - Cumprimentá-lo sempre que possível em língua de sinais e ou com sorriso; - Todos na escola (professores e funcionários) devem aprender a língua de sinais; - As aulas devem ser em língua de sinais; se não for possível, solicitar ajuda de intérpretes até que os professores se preparem para esse atendimento; - A escola deve receber assessoria de uma equipe (pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos) enviada pela Secretaria de Educação Especial do Estado; - A escola deve incluir no Plano Político Pedagógico estratégias de trabalho com o aluno surdo; - Avaliar o aluno pela mensagem e pelo conteúdo, não pela escrita; - Acreditar nas potencialidades do aluno. Autoria: Andresa Vaniele Barbosa Pereira- Graduada em Letras pela Faculdade de José Bonifácio e Especialista em Educação Inclusiva para pessoas com Deficiência

Nenhum comentário:

Postar um comentário