quinta-feira, 5 de abril de 2012

Catedral deNossa Senhora da Piedade      Informações Gerais      Horário de visitação: 8:00 às 11:00 e 14:00 às 18:00      Custo: Sem custo      Agendamento: Mediante agendamento   Fim do nível 3     frame txt-catedral Histórico A 1ª era uma pequena capela de pau-a-pique, construída por volta de 1705 e que era filiada a Igreja Matriz de Santo Antonio da Vila de Guaratinguetá. Ao redor dessa capela que começaram a agrupa-se os primeiros moradores da futura Freguesia da Piedade. Os bandeirantes vinham de Taubaté pelo Rio Paraíba, até o Porto do Guaypacaré e seguiam rumo a Mantiqueira para a “terra do ouro” (Minas Gerais). Frei Agostinho de Santa Maria fala a respeito do Santuário da Virgem Nossa Senhora da Piedade: “Este santuário está situado em huma Aldeã, ou povoação, que he o porto aonde desembarcão as canoas, & se chama Guaypacaré, porto muyto freqüentado, de todos os que passão às minas & vem das Minas” (...). “Vão primeiramente a buscar o Santuário de Nossa Senhora da Piedade, a pedir-lhe, que ella os acompanhe, & favoreça, & os livre de todos os perigos, que se encontram naquelas suas ambiciosas jornadas.” (Pasin,2004, p. 97) Em 1718, o arraial do Porto de Guaypacaré foi elevado à Freguesia de Nossa Senhora da Piedade e a Igrejinha elevada à Matriz, dando lugar a uma igreja maior. E seus moradores que empreenderam esforços para a sua construção. João de Almeida Pereira, Pedro da Costa Colaço e Domingos Machado Jácome doaram cem braças de terra. Em 14 de novembro de 1788, o governador da Província de São Paulo, Capitão-General Bernardo José de Lorena (o Conde de Sarzedas) elevou a Freguesia à Vila, colocando o seu nome no pelourinho, que foi construído na atual Praça do Rosário e onde se localizava o prédio da Câmara e Cadeia. Em 1813 é inaugurada e benta a Igreja de N.S. do Rosário, que recebe os ofícios divinos para as celebrações, pois a Igreja Matriz se encontrava em ruínas. A Igrejade N.S. do Rosário serviu de Matriz por aproximadamente 30 anos. E o povo se lamenta pelo seu velho templo, já que o Governo não demonstrava boa vontade em econstruí- lo. Então, quando é dada a autorização à Vila de Lorena tornar-se cidade (24 de abril de 1856), seus moradores resolvem construir uma nova Matriz, com seus próprios recursos. Essa era a 3ª construção e esse novo templo ficou inacabado. O projeto de construção da atual Catedral de Nossa Senhora da Piedade foi desenvolvido pelo Arquiteto e Engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, o mesmo que projetou o TeatroMunicipal de São Paulo. Para a construção do templo, foi aberto um “Livro de Ouro”, onde estão registradas assinaturas com doações de dinheiro de Dom Pedro II, da Imperatriz Dona Tereza Cristina, da Princesa Isabel e do Conde D'Eu, que na época visitaram Lorena. A Catedral de Nossa Senhora da Piedade é composta por três naves (corpo da igreja): Nave central com o altar-mor, onde está a preciosa imagem de Nossa Senhora da Piedade; a Nave do lado esquerdo abriga a capela do Santíssimo; a Nave direita, a capela de Nossa Senhora da Guia. Foi inaugurada em 01 de janeiro de 1890. A pintura foi modificada ao longo dos anos. O engenheiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo, que dirigiu as obras da Matriz diz que ela é: “Um templo, em suma, de puro estilo romano, todo ele incombustível, solidamente construído, em condições de atravessar séculos, e não demandando senão de poucos trabalhos de conservação”. (Rodrigues, 2002, p. 84) O desenho do piso foi feito em Lorena e fabricado em Paris. As 24.000 telhas para cobertura vieram de Marselha e foram doadas pelo Comendador Arlindo Braga. O travejamento de aço veio da Bélgica. O órgão, de origem francesa e o relógio foram doados pela Baronesa de Santa Eulália, irmã do Conde Moreira Lima. Os novos sinos foram doados pelo Dr. José Machado Coelho de Castro. As portas da Matriz são cinco: uma principal, a do meio (doada pela família Gaglianoni- 1950). Duas laterais, no corpo da igreja. (1964/65) As outras duas, na sacristia, são lisas, corridas, singelas e pobres, as mesmas desde a inauguração. (Rodrigues,2002, p. 84). Em 31 de julho de 1937, a matriz foi elevada à Catedral e somente em 26 de dezembro do mesmo ano é que a Diocese foi instalada, sendo empossado Dom André Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, como Administrador Apostólico da nova Igreja Particular de Lorena, que impossibilitado de permanecer em Lorena,nomeou para vigário da Paróquia, o Pe. José Arthur de Moura. De acordo com Dr. Gama Rodrigues, as tampas das 2 pias batismais de água benta foram oferecidas pelos festeiros da padroeira em 15 de agosto de 1939. Uma é de mármore e a outra é de bronze. Os pára-ventos da igreja foram comprados com as arrecadações da festa de 1940, tendo a colaboração do Dr. Gama Rodrigues no processo de arrecadações. (Rodrigues, 1942). O rodapé externo da Catedral, revestido de pedra Miracema foi colocado em 1983. O rodapé interno da Catedral de 1,72m de granito foi colocado em 1996. (Silva, 1998). Atualmente, a Catedral e a Casa Paroquial são preservadas, pela Lei Municipal nº 2.830 de 27/08/2003, que estabelece a Praça Baronesa de Santa Eulália e o seu entorno, edificações e vegetação Setor de Preservação de Bem Móvel. A cidade comemora o dia da sua Padroeira no dia 15 de agosto. A Catedral Nossa Senhora da Piedade e a Casa Paroquial estão localizadas à Praça Baronesa de Santa Eulália, Centro, neste município e comarca de Lorena. Nesta Praça encontra-se a atual Câmara Municipal (que foi construída no terreno onde havia um casarão que foi adaptado para abrigar o 1° Grupo Escolar de Lorena, o “Gabriel Prestes”, entre 1895 e 1952); O Solar dos Azevedos, que pertenceu aos Barões de Santa Eulália, pais do Dr. Arnolfo Azevedo e o mesmo é tombado pelo CONDEPHAAT e casas que são tombadas pelo COMPHAC.

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